“Para sofrer ciberataque basta estar conectado” – adverte director de Segurança do NOSi (c/áudio)

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“Para sofrer ciberataque basta estar conectado” – adverte director de Segurança do NOSi (c/áudio)
10/02/25 - 09:45 pm

Cidade da Praia, 10 Fev (Inforpress) – O director de Segurança do NOSi, Adilson Rodrigues, afirmou hoje que a responsabilidade de garantir a cibersegurança é de todos e advertiu que “para sofrer ciberataque basta estar conectado.

Para o especialista, os riscos iminentes associados ao uso de internet é a exposição a redes na via pública.

Em declarações à Inforpress no âmbito do Dia Mundial da Internet mais segura, assinalada esta terça-feira, 11, este ano, sob o lema “A educação para a cidadania digital”, o engenheiro Adilson Rodrigues explicou que existem casos em que as pessoas "simplesmente" optam por não denunciar tentativas de burla, criação de perfis falsos, acesso ilícito a contas ou outros tipos de ciberataques.

Isto se explica porque, segundo Adilson Rodrigues, no entender da vítima, não vale a pena apresentar queixas pelo exemplo de que, denúncias feitas à Polícia Judiciária (PJ) demoraram a serem tratadas.

O especialista da NOSi reiterou que é responsabilidade de cada um garantir a cibersegurança, mas explicou o Núcleo Operacional para a Sociedade de Informação (NOSi), além de gerir toda a rede tecnológica privativa do Estado, tem a responsabilidade de assegurar a cibersegurança da rede, incluindo todos os colaboradores e funcionários do Estado.

Além da protecção a nível técnico do dispositivo, do próprio utilizador final, do perímetro e da rede, o NOSi preocupa-se em garantir a segurança através da sensibilização junto dos utilizadores.

Adilson Rodrigues disse que, actualmente, os jovens utilizam as redes sociais, com muita facilidade e sem conhecimento prévio, o que os tem impedido de tirarem o máximo proveito dessa “usabilidade” e recomenda o reforço da literacia digital desde o pré-escolar até a fase universitária.

“O aluno já não reconhece o ensino tradicional como um benefício para si próprio e considera que o que o professor pode ensinar na sala mas, ‘em casa aprende-se rapidamente’”, enfatizou, realçando que a cibersegurança deixou de ser um problema tecnológico para se tornar um problema cultural.

Para o engenheiro, a ideia de conscientizar e de optimizar a cibersegurança é transversal a todas as áreas e a todas as faixas etárias da sociedade.

“Tornou-se fundamental garantir a protecção de todas as infra-estruturas críticas nacionais e a consciencialização em relação à cibersegurança em todas as camadas sociais”, disse. 

O Índice Global de Cibersegurança de 2021 apontou que Cabo Verde subiu 27 posições, de acordo com uma publicação da União Internacional das Telecomunicações (ITU, na sigla em inglês) lançada pela primeira vez em 2015 e que mede o compromisso que os 193 países membros da ITU têm com a cibersegurança.

Cabo Verde aderiu em Junho de 2018 à Convenção sobre o Cibercrime, também conhecida como Convenção de Budapeste.

O país já dispõe de legislação com a criação da Lei do Cibercrime, Lei da Protecção de Dados Pessoais, Lei do Comércio Electrónico, Lei das Infra-estruturas de Chaves Públicas, Lei da Assinatura Digital e Lei da Identidade Electrónica. 

LT/HF

Inforpress/Fim

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