Cidade da Praia, 01 Jul (Inforpress) - A presidente do Conselho Executivo da Fundação Menos Álcool Mais Vida, Antonela Sanca, assinalou hoje, os progressos alcançados na luta contra o abuso de álcool em Cabo Verde, mas alertou para os desafios que ainda persistem.
Antonela Sanca intervinha durante as celebrações, na cidade da Praia, do Dia Nacional de Luta Contra o Uso Abusivo de Bebidas Alcoólicas e do nono aniversário da campanha “Menos álcool, mais vida”.
A responsável destacou o reconhecimento das autoridades como um sinal de que "os esforços que no dia a dia se desenvolvem para atenuar os males do uso abusivo do álcool e outras drogas são reconhecidos como uma contribuição para a melhoria das condições de vida da população".
Antonela Sanca também abordou a trajetória da campanha, que começou com a criação da iniciativa “Menos Álcool Mais Vida” em 2016, um movimento que rapidamente ganhou força e envolveu diversas entidades em acções de prevenção.
Segundo a responsável, a iniciativa teve um impacto "significativo", transformando a problemática do uso abusivo de álcool de um tema "quase escondido" para um assunto "amplamente discutido" e de "preocupação e debate nos diferentes quadros da sociedade".
Ao longo dos anos, a campanha ajudou a intensificar o debate nas escolas sobre a relação entre o álcool e o comportamento violento, e contribuiu para a criação da Lei nº 51/IX/2019, a "Lei do Álcool", considerada um "marco na defesa da saúde" e no combate ao uso abusivo de bebidas alcoólicas, um dos principais factores de mortalidade no país.
Antonela Sanca também fez referência a eventos significativos que marcaram a história da campanha, destacando a realização de um “festival sem álcool” realizado na Praia da Gamboa, que reuniu “centenas ou mesmo milhares de pessoas”, durante mais de 12 horas.
Apesar dos avanços, a presidente da Fundação alertou que os desafios ainda são muitos, entre eles o “desconhecimento de parte da população sobre os riscos do uso abusivo do álcool”, a “relação estreita do álcool com eventos culturais” e a “pressão de interesses económicos”.
Antonela Sanca concluiu a sua intervenção com um apelo à mobilização de todos os cidadãos para a transformação da data em um movimento nacional de consciencialização e mudança.
“Cada acção conta, contamos convosco para a transformação desta data num verdadeiro movimento nacional de consciencialização e mudança”, disse.
JBR/CP
Inforpress/Fim
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