Cidade da Praia, 01 Dez (Inforpress) – O Movimento para a Democracia (MpD) considerou hoje que é tempo de reflexão e de repensar as estratégias do partido com “resultados claros” das eleições municipais a apontar para a inversão de um quadro a favor do PAICV.
Em conferência de imprensa na sede MpD, na cidade da Praia, o secretário-geral, Luís Carlos Silva, disse que o partido apresentou os melhores candidatos e programas, que deveriam servir no processo de desenvolvimento dos municípios, mas que assumem agora com responsabilidade o papel da oposição.
Uma função, que, aliás, considerou, é essencial para a consolidação do Estado de direito e reflete a vontade expressa dos cabo-verdianos que se dirigiram hoje às urnas em todo território nacional.
“O povo teve um outro entendimento, uma outra interpretação e expressou essa vontade de forma clara e inequívoca nas urnas. Este é o momento de reflexão, momento que exige humildade e maturidade política”, admitiu, expressando que o partido vai continuar a contribuir para o debate construtivo e para o desenvolvimento das comunidades.
Questionado se a vitória com maioria absoluta do PAICV nestas eleições das câmaras municipais configura também uma resposta às eleições legislativas, Luís Carlos Silva respondeu que Cabo Verde já teve momentos em que um partido que venceu as autárquicas não necessariamente ganhou as legislativas.
A mesma fonte reiterou que não existe discriminação entre as autarquias locais, e que existe um quadro de relacionamento “legal e previsível”, dentro do normal funcionamento.
“Portanto, há, sim, um Governo que entende que o poder local é um poder relevante, necessário e um acelerador do processo de desenvolvimento”, justificou, agradecendo as equipas, eleitores e simpatizantes do partido.
De acordo com os dados provisórios, o PAICV conseguiu 15 das 22 câmara municipais, enquanto o MpD apenas sete nos municípios de Ribeira Grande e Paul em Santo Antão, São Vicente, Tarrafal de São Nicolau, Sal, e na ilha de Santiago, os municípios de São Miguel e São Salvador do Mundo.
A taxa de abstenção rondou os 167.680, cerca de 50%, votos nulos 2.106, 1,3%, e 3.089 votos em branco, 1,8%
Para as votações autárquicas estavam inscritos 351.963 eleitores, sendo 3.369 estrangeiros regularmente residentes, distribuídos de forma equitativa em 1.079 mesas de voto em todo o País.
LT/AA
Inforpress/Fim
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