Cidade da praia, 08 Out (Inforpress) – O escritor cabo-verdiano Claudino Veiga venceu a 8.ª edição do Prémio Arnaldo França com o romance Djarbás da Fontarém – Silhueta de um País em Trânsito", que retrata a trajectória histórica e cultural de Cabo Verde, anunciou hoje a organização.
O Prémio Literário Arnaldo França foi instituído pela Imprensa Nacional-Casa da Moeda (INCM) em parceria com a Imprensa Nacional de Cabo Verde (INCV).
O júri, constituído por Brito Semedo, Fátima Fernandes e Paula Mendes, de acordo com informações avançadas pela INCV, destacou “a solidez narrativa e a intensidade literária da obra, que acompanha a história do jovem Djarbás Gervásio de Sá Dorlenes, da ilha do Fogo, num período conturbado da história recente de Cabo Verde”.
Segundo o júri, o romance combina memória, mito e política, criando um rico panorama sobre identidade, liberdade e pertença.
A edição recebeu 32 textos originais, reflectindo a vitalidade e diversidade da criação literária cabo-verdiana contemporânea.
Nascido na ilha do Fogo e actualmente residente nos Estados Unidos, Claudino Henriques Veiga tem uma trajectória marcada pela intersecção entre ciência, ensino e literatura.
Formado em engenharia electrónica, com mestrado em engenharia física e doutorado em matemática aplicada pela Universidade de Harvard, Claudino Veiga trabalhou em projectos ligados ao MIT e à NASA, além de ter dedicado parte da sua vida à docência.
Além do valor monetário de 5.000 euros (cerca de 550 mil escudos cabo-verdianos), o autor terá a sua obra publicada pela Imprensa Nacional de Portugal, reforçando o propósito do prémio de promover a língua portuguesa e o talento literário de Cabo Verde, em homenagem à figura cultural Arnaldo França.
CG/SR//HF
Inforpress/Fim
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