São Filipe, 29 Set (Inforpress) - O presidente da câmara de Santa Catarina do Fogo manifestou, domingo, preocupação com o panorama do ano agrícola no município e anunciou a elaboração de um plano de emergência para mitigar os impactos da seca nos sectores mais vulneráveis.
Apesar de uma "chuva intensa" registada recentemente ter sido animadora para a regeneração do pasto, Manuel Teixeira alertou que a situação geral permanece "nebulosa" e "complicada".
“O cenário do ano agrícola é um pouco complicado. Embora a chuva tenha motivado muitos, a realidade é que o ano continua acinzentado. Já começamos a trabalhar na elaboração de um plano de emergência, tanto para criadores de gado quanto para agricultores”, declarou Manuel Teixeira.
A autarquia, segundo o autarca, vai reunir as suas equipas técnicas para articular estratégias com fornecedores locais, especialmente os ligados à alimentação animal, como ração e suplementos.
O objectivo é estabelecer parcerias que permitam oferecer subsídios na aquisição desses produtos e mitigar os impactos do mau ano agrícola nos sectores mais vulneráveis da economia local.
“Estamos a negociar com fornecedores para que possam colaborar com a autarquia, facilitando a distribuição de insumos a preços mais acessíveis. Para os agricultores, a ideia é seguir o mesmo modelo, com apoio directo ou indirecto”, acrescentou.
O quadro é agravado por um incêndio recente que afectou áreas produtivas do município, ampliando os prejuízos.
Manuel Teixeira lamentou, contudo, a falta de fundos prometidos pelo Governo, essenciais para a execução do plano.
“Se o valor prometido pelo Governo para ajudar os criadores já estivesse disponível, poderia cobrir parte do plano de emergência. Mas até agora não há uma data definida para a disponibilização desses fundos”, criticou o presidente.
A autarquia reconhece que a concretização do plano de emergência depende fortemente da mobilização de recursos financeiros, seja através do Governo, de parceiros institucionais ou de financiamento local.
“Estamos a tentar encontrar uma forma de viabilizar esse plano com urgência. É essencial dar uma resposta concreta aos nossos criadores e agricultores”, reforçou Manuel Teixeira.
JR/CP
Inforpress/Fim
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