Mindelo,19 Set (Inforpress) - O Governo disponibilizou quatro milhões de contos para recuperação e construção de infraestruturas nas ilhas de São Vicente, Santo Antão e São Nicolau, em decorrência da tempestade tropical Erin.
Esta informação foi avançada hoje em conferência de imprensa pelo ministro das Infraestruturas, Victor Coutinho, que explicou que a verba será canalizada para sete eixos prioritários, cuja execução tem horizonte temporal de um ano.
Desse montante, avançou, o Governo vai alocar 1,1 milhões de contos para as infraestruturas rodoviárias, cerca 1 milhão de contos para produção e fornecimento de água e electricidade, que abrange as redes eléctricas de baixa e média tensão, captação e rede de água.
Para a área de drenagem e saneamento serão disponibilizados 679 mil contos e a nível da reabilitação urbana o montante é de 327 mil contos.
No que concerne à habitação, segundo o governante, está prevista uma verba de 463 mil contos para habitação nas vertentes de reabilitação e construção de novas casas.
Parte desse montante servirá para amenizar o déficit habitacional em São Vicente e vai abranger a construção e reparação de novas casas e ainda a conclusão de habitações sociais cujas obras foram iniciadas pela Câmara Municipal de São Vicente.
“Na resolução fala-se de imediato, além das casas que já estão disponíveis e afectadas. São 66 do Aldeamento do Rozar, mais 230 no complexo da Rabeira Julião que serão também afectadas. Fala também de 80 casas municipais que estão em início de construção e vamos concluí-las”, clarificou a mesma fonte, para quem existem ainda 150 casas para reabilitar e mais 100 para construir.
Conforme Victor Coutinho, está prevista uma verba de 345 mil contos para obras em edifícios públicos como tribunais e cartórios que sofreram com a tempestade e mais 30 mil contos para as infraestruturas de educação.
Segundo Victor Coutinho, o montante de quatro milhões de contos resulta de contribuições do Fundo de Financiamento, do Fundo Soberano, do Fundo de Emergência e de crédito do Banco Mundial.
Apesar de o horizonte de execução ser de um ano, o ministro considerou que o País deve ter uma estratégia nacional de redução do risco de desastre que aponta que tipo de soluções deve-se ter a nível de projectos, de infraestruturas e de resiliência para garantir a protecção da cidade.
“Em caso de catástrofe e no contexto de mudanças climáticas tem de ter investimentos de outra monta, que não cabem nesta resolução. Mas, estamos a trabalhar essa segunda parte”, explicou, reforçando que estão num processo de planificação e recolha de dados porque isso exige levantamentos topográficos, geológicos, hidrogeológicos e outros levantamentos técnicos de profundidade, para perceber onde e como dimensionar as infraestruturas de protecção da cidade.
CD/JMV
Inforpress/Fim
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