Maio: Autarquia pede suspensão imediata dos trabalhos de desassoreamento para avaliar impacto ambiental

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Maio: Autarquia pede suspensão imediata dos trabalhos de desassoreamento para avaliar impacto ambiental
20/09/25 - 05:19 pm

Porto Inglês, 20 Set (Inforpress) – A Câmara Municipal do Maio solicitou hoje a suspensão imediata dos trabalhos de desassoreamento no porto da ilha, alegando que a intervenção tem provocado degradação ambiental e socioeconómica na praia de Bixi Rotxa.

Num comunicado a que a Inforpress teve acesso, a autarquia manifesta “profunda preocupação” com a redução significativa da área da referida praia, situação que, segundo defende, compromete o equilíbrio dos ecossistemas marinhos e costeiros, bem como a subsistência das comunidades que dependem da pesca artesanal.

Perante a gravidade do cenário, a edilidade pede, com carácter de urgência, a apresentação de relatórios técnicos “rigorosos, transparentes e detalhados”, elaborados pela Administração Portuária, pelo Ministério do Ambiente e pela Fundação Maio Biodiversidade, que esclareçam os impactos ambientais, sociais e económicos das intervenções no porto e zonas adjacentes.

A Câmara Municipal defende ainda a criação de uma comissão multisectorial independente, com competências para investigar a situação, propor medidas corretivas e acompanhar a sua implementação, garantindo a participação das comunidades afectadas e da sociedade civil organizada.

Enquanto não forem apresentados estudos técnicos devidamente fundamentados, a autarquia exige a suspensão imediata e cautelar dos trabalhos de desassoreamento, para que seja elaborado e aprovado um plano de acção que salvaguarde tanto o ambiente como os interesses socioeconómicos da ilha.

Nos últimos dias, a Associação dos Pescadores do Maio já tinha alertado para o risco de desaparecimento da praia de Bixi Rotxa devido à redução da sua extensão e aumento da inclinação. 

Também a Fundação Maio Biodiversidade manifestou preocupação, denunciando a destruição de ninhos de tartarugas e impactos na vida marinha e na actividade piscatória, pedindo igualmente estudos técnicos e medidas urgentes para mitigar os danos ambientais.

RL/JMV

Inforpress/Fim

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