Fundo Global defende abordagem multissectorial e liderança coordenada para manter País livre do Paludismo (c/áudio)

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Fundo Global defende abordagem multissectorial e liderança coordenada para manter País livre do Paludismo (c/áudio)
19/09/25 - 01:10 pm

Cidade da Praia, 19 Set (Inforpress) – O representante do Fundo Global em Cabo Verde defendeu hoje a necessidade de uma abordagem multissectorial, com forte liderança e intervenções coordenadas a vários níveis, a fim de garantir o estatuto de País livre do paludismo.

Adilson de Pina falava em declarações à imprensa, no final de um encontro com o primeiro-ministro, Ulisses Correia e Silva, acompanhado do ministro da Saúde, Jorge Figueiredo, no âmbito do processo de auscultação de entidades nacionais e internacionais sobre a situação sanitária da capital. 

De acordo com este órgão internacional, foram discutidas questões relacionadas com os programas apoiados pelo Fundo Global em Cabo Verde, nomeadamente no combate ao VIH/SIDA, tuberculose e paludismo.

 “Trouxemos à tona a questão da multisetorialidade, que é uma responsabilidade de todos, sobretudo, neste contexto das doenças de transmissão vectorial”, sublinhou, destacando a necessidade de sinergia e esforços contínuos para diminuir a doença na Cidade da Praia.

Segundo explicou a mesma fonte, num contexto marcado pelas alterações climáticas e pelo risco permanente de reintrodução de doenças transmitidas por vectores, como o paludismo, dengue e zika, é essencial haver liderança efectiva e acção concertada entre os vários sectores da sociedade e do Estado.

“Cabo Verde chegou ao nível de eliminação do paludismo, é preciso manter esse status, não é fácil a manutenção do status e tem vários desafios, exige várias intervenções em vários níveis”, alertou, referindo-se à importância de medidas como a vigilância epidemiológica e entomológica, o reforço das capacidades técnicas e a implementação de estratégias anti-vetoriais.

Quanto ao financiamento do Fundo Global, Adilson de Pina avançou que Cabo Verde tem beneficiado do apoio desde 2011, e que já foram investidos a volta de cinco milhões e 500 mil euros na luta antivectorial, vigilância e diagnóstico de casos do paludismo, e que possui um acordo até final de Dezembro de 2026.

 “Cabo Verde continua a ter os mosquitos, as alterações climáticas estão cá e nós trazemos aqui essa ideia da parceria, do reforço das intervenções, da liderança, da investigação numa conjuntura global para que o país dê respostas às outras necessidades e desafios que enfrenta no dia-a-dia”, reforçou.

O processo de auscultação estende-se ao presidente da Pró-Praia, José Costa Pina, ao bastonário da Ordem dos Médicos, Francisco Barbosa Amado, e ao representante da OMS em Cabo Verde, Ann Lindstrand.

O intuito é recolher contributos, identificar medidas prioritárias e reforçar a coordenação entre o Governo, parceiros internacionais, profissionais de saúde e sociedade civil, no sentido de garantir uma resposta eficaz e sustentável aos desafios da saúde pública relacionados com doenças transmitidas por vectores.

LT/JMV

Inforpress/Fim

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