Cidade da Praia, 21 Jul (Inforpress) - Um total de 22 jovens, um por cada município do país, será formado e empossado como 'Jovem Embaixador dos Direitos Humanos', com o intuito de se tornarem porta-vozes dos direitos humanos nas suas comunidades.
Estas informações foram avançadas à Inforpress pelo presidente da Federação Cabo-verdiana das Associações Comunitárias (FCAC), Denilson Monteiro, à margem da apresentação pública do projecto “Jovens Embaixadores dos Direitos Humanos” que aconteceu esta tarde, na Cidade Velha, em parceria com a Comissão Nacional para os Direitos Humanos e a Cidadania (CNDHC).
Segundo o presidente da FCAC, o principal objectivo deste projecto é despertar nos jovens a consciência e o compromisso de serem embaixadores dos direitos humanos nas suas comunidades.
“Achamos por bem criar essa iniciativa para termos jovens capazes de se formar e estarem nos seus bairros a dar o seu contributo”, explicou.
Numa fase inicial, 22 jovens, um por cada município de Cabo Verde, irão receber formação específica para, posteriormente, serem empossados como jovens embaixadores.
O projecto prevê, nas próximas edições, a inclusão de mais participantes, conforme adiantou o também jurista Denilson Monteiro.
“O papel concreto desses jovens é ser o porta-voz da Comissão Nacional de Direitos Humanos, ser o porta-voz dos direitos humanos nas suas comunidades, visto que actualmente estamos a vivenciar muitas violações, muitas delas cometidas por jovens”, reforçou.
Os jovens serão submetidos a formações ligadas aos direitos humanos, medidas de prevenção e combate às violações, bem como conhecimentos legais.
“Não queremos apenas jovens com título, mas sim jovens que possam desempenhar um papel activo”, frisou o responsável.
O projecto, que conta com apoio dos municípios cabo-verdianos, poderá também expandir-se aos países membros dos PALOP.
“Fomos contactados por comunidades desses países e estamos disponíveis para essa colaboração”, afirmou.
A iniciativa foi inspirada na maior aula do mundo sobre os direitos humanos, cuja terceira edição será realizada este ano.
O resultado esperado, segundo Denilson Monteiro, é ter uma juventude capaz, uma juventude que ousa desafiar o sistema e colaborar activamente.
TC/JMV
Inforpress/Fim
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