Vinte e sete reclusos da Cadeia Civil de São Martinho participam no curso “Como deixar de Fumar”

Cidade da Praia, 29 Mai (Inforpress)- Vinte e sete reclusos da cadeia de São Martinho (ilha de Santiago) participam num curso sobre o abandono do tabaco, promovido pela Associação das Igrejas Adventistas do Sétimo Dia de Cabo Verde (AIASD-CV).

A formação decorre de 26 a 30 de Maio nas cidades do Tarrafal, Assomada e Sal-Rei, na ilha da Boa Vista.

O curso, ministrado por uma equipa multidisciplinar, integra-se no plano de actividades da Associação das Igrejas Adventistas para este ano, segundo a directora do Departamento da Saúde desta entidade religiosa, Larissa Freire.

A iniciativa, inserida no plano anual da AIASD-CV, poderá ser levada a outras localidades ao longo do ano, conforme a procura.

“O curso é aberto a qualquer pessoa com vontade de deixar de fumar, é gratuito e o nosso objectivo é ajudar a abandonar o vício”, sublinhou.

A formação baseia-se na metodologia “Breathe Free”, uma abordagem americana adaptada localmente como “Respire Livre”, e combina conteúdos sobre os malefícios do tabaco com estratégias práticas de mudança de hábitos.

“Falamos sobre os efeitos nocivos do cigarro nos pulmões, no coração, no sistema social e emocional, e introduzimos hábitos saudáveis como o exercício físico e a alimentação equilibrada”, referiu a directora.

Segundo Larissa Freire, a selecção dos 27 reclusos ficou a cargo da direcção da cadeia, que organizou os participantes em grupos.

Sobre o impacto da iniciativa, a responsável considera que já é possível perceber mudanças.

“Temos recebido um feedback muito positivo, os participantes usam material impresso e demonstram interesse real”, revelou.

O curso pode durar de cinco a nove dias e conta com acompanhamento posterior feito em fases, para garantir continuidade e apoio emocional.

Por fim, Larissa Freire fez um apelo a todas as instituições públicas e privadas, para apoiar este tipo de acção, porque, disse, “o tabagismo é um vício que afecta não só quem fuma, mas também quem está à volta”.

“Se houver mais apoio, muitas pessoas conseguirão vencer esta dependência”, concluiu.

KF/LC//ZS

Inforpress/Fim