Tarrafal: Jovem defende legalização de botes para excursões turísticas em busca de maior segurança e sustentabilidade

Inicio | Economia
Tarrafal: Jovem defende legalização de botes para excursões turísticas em busca de maior segurança e sustentabilidade
02/10/24 - 08:20 pm

Tarrafal, 02 Out (Inforpress) –  O nadador salvador e operador turístico, conhecido por Nelito Tavares, destacou hoje a urgência da legalização do projecto de excursões turísticas com botes tradicionais, para garantir maior segurança tanto para turistas como para proprietários.

Em entrevista à Inforpress, Nelito explicou que, actualmente, dez botes dedicam-se a essa actividade na baía do Tarrafal, que combina experiências marítimas com a beleza natural da região.

Apesar de sua longa experiência no sector, Nelito ressalta que a falta de legalização representa um “desafio significativo”.

Conforme enfatizou, a formalização do serviço é uma prioridade para assegurar a qualidade e a segurança nos serviços prestados, mas também garantir a sustentabilidade daqueles que se dedicam a esta actividade.

Nelito tem uma trajectória diversificada no mar, mas segundo o mesmo, sempre encontrou dificuldades, explicando que antes de se dedicar ao turismo, trabalhou na pesca tradicional, mas também já foi nadador profissional, tendo até representando Cabo Verde em competições internacionais, nomeadamente em 2011 e 2012, em que foi ao Senegal competir e representar o país na prova de natação dos cinco quilómetros (km).

Devido à falta de incentivos e apoio, resolveu deixar de lado a natação, além de contar que também, a baía do Tarrafal, embora propícia para actividades aquáticas, enfrenta crescente concorrência de outras iniciativas turísticas, o que dificultou igualmente, a sua prática de desportos competitivos.

Motivado pela paixão pelo mar, decidiu juntar-se ao grupo de pescadores que fazem a excursão de turistas nos botes tradicionais, que oferecem passeios e actividades como pesca, snorkeling, mergulho, com botes equipados com cordas, remos, malas de primeiros socorros e equipamentos que garantem a segurança dos passageiros.

É uma actividade que dá rendimentos, um “projecto viável” que precisa de regularização e licença, um processo que, segundo o mesmo, depende do Instituto Marítimo e Portuário (IMP).

Ele acredita que, uma vez regularizado, o serviço não apenas beneficiará os turistas e proprietários dos botes, mas também contribuirá para o desenvolvimento do turismo sustentável na região.

MC/HF

Inforpress/Fim 

Partilhar