
Porto Inglês, 08 Nov (Inforpress) – Um grupo de 21 mulheres da vila da Calheta, na ilha do Maio, espera ver as suas vidas transformadas com a instalação de uma cooperativa de transformação de pescado, que se encontra na fase final de legalização.
A cooperativa, instalada no mercado local, já dispõe de todos os equipamentos necessários para o início do funcionamento, aguardando apenas a conclusão do processo de formalização para começar as actividades.
Para as beneficiárias, todas mães e chefes de família, esta iniciativa representa uma oportunidade de expandir o trabalho de transformação de pescado que já realizavam de forma artesanal, agora com maior organização, formação técnica e possibilidade de rendimento sustentável.
A membro do grupo Élida Martins afirmou que o projecto terá um “impacto enorme” na comunidade, destacando o empenho das mulheres envolvidas.
“Terá um impacto enorme nas nossas vidas, mas também na nossa comunidade. Vai ajudar-nos no dia a dia. Não teremos um salário fixo, mas vamos trabalhar com garra e força para obter resultados”, disse.
Também Maria Fernandes salientou que, além de gerar rendimento, a cooperativa tem proporcionado aprendizagem e fortalecimento de capacidades de gestão.
“Já tivemos várias formações em cooperativismo e gestão de negócios. Para nós, chefes de família, esta capacitação é uma base importante para criar pequenos negócios e garantir o nosso sustento”, destacou.
Lançado em Fevereiro deste ano, o projecto tem promovido acções de capacitação e empoderamento feminino, com formações práticas nas áreas de transformação de pescado, nomeadamente, a produção de farinha de peixe, hambúrgueres, almôndegas, peixe fumado e conservas.
A Rede das Associações das Mulheres da África Ocidental (RAMAO) prevê concluir ainda este ano a instalação da cooperativa, com impacto directo em 21 famílias da Calheta.
Financiado pela Organização Internacional da Francofonia (OIF), através da 5.ª edição do fundo “Francofonia com Elas”, o projecto visa promover o empoderamento das mulheres e criar alternativas de rendimento sustentável nas comunidades rurais da ilha do Maio.
RL/HF
Inforpress/Fim
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