
Espargos, 08 Nov (Inforpress) – O presidente do Grupo Desportivo da Pretória, Paulo Neves, expressou hoje a sua "profunda surpresa" e descontentamento perante o impasse prolongado na Federação Cabo-verdiana de Futebol (FCF) relativamente a um recurso formal apresentado pela equipa.
Paulo Neves, que falava em conferência de imprensa, explicou que o recurso, que remonta à época passada, contesta a utilização indevida de um jogador suspenso pelo Sport Club Santa Maria.
A Pretória alega que essa irregularidade regulamentar teve um "impacto directo" na classificação final do campeonato, culminando na sua “despromoção injusta” para a segunda divisão.
“Há vários meses entregamos à Federação Cabo-verdiana de Futebol um recurso formal devidamente assinado com todas as provas e documentos e até pagámos a caução exigida para que o processo fosse aceite” declarou Paulo Neves, destacando que o clube cumpriu todos os procedimentos legais.
O principal foco da queixa, conforme a mesma fonte, é o "silêncio" da FCF, e apesar da queixa se basear em “regulamentos claros e provas objectivas”, a Federação não emitiu qualquer resposta até à data.
“Até hoje a Federação não deu qualquer resposta”, criticou Paulo Neves.
“Já se passou muito tempo e a nova época já começou, o que significa que o nosso clube terá de jogar numa divisão inferior, mesmo sabendo que, se o recurso fosse decidido a nosso favor, o Grupo Desportivo da Pretória deveria estar na primeira divisão”, continuou.
O presidente sublinhou que a questão não se trata de opinião, mas de “regras, e as regras servem para todos”.
O atraso na decisão “força” o clube a competir numa divisão abaixo daquela que considera justa, caso o recurso seja provido.
O dirigente da Pretória fez um apelo veemente à “celeridade e transparência no processo”, frisando o papel crucial da Federação na manutenção da integridade desportiva.
“O desporto precisa de credibilidade, justiça e transparência. Quando uma Federação demora meses para decidir algo tão claro, quem perde é o futebol, e todos os que acreditam na verdade desportiva”, afirmou.
Paulo Neves concluiu pedindo “respeito pelo trabalho da equipa e celeridade na decisão” reiterando que o Grupo Desportivo da Pretória “quer apenas o que é justo: competir onde merece com base nas regras do jogo”.
NA/HF
Inforpress/Fim
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