STAPS denuncia falta de diálogo e injustiças laborais no CERMI

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STAPS denuncia falta de diálogo e injustiças laborais no CERMI
23/10/25 - 08:22 pm

Cidade da Praia, 23 Out (Inforpress) – O Sindicato dos Trabalhadores da Administração Pública de Santiago (STAPS) acusou hoje o Conselho de Administração do CERMI de falta de diálogo e indisponibilidade para resolver os problemas laborais que afectam os trabalhadores da instituição.

A denúncia foi feita pelo presidente do STAPS, Fernando Baldé, em conferência de imprensa, tendo considerado que o CERMI vive uma situação de injustiça e estagnação, sendo que os funcionários que exercem funções essenciais estão em condições de precariedade laboral e salarial.

Segundo avançou o sindicalista, desde a sua criação em 2015, não foi implementado um quadro efectivo de pessoal e a base salarial continua ancorada na grelha de 2013 da Administração Pública, enquanto que o corpo administrativo aufere de salários altíssimos.

“A injustiça salarial vai mais além, ou seja, um formador externo ganha quatro vezes mais que um técnico superior. Uma instituição pública que remunera desta forma um prestador de serviço externo deve, por coerência e justiça, assegurar a remuneração digna e condizente para os seus trabalhadores”, precisou.

Para o STAPS, esta política é “injusta e incoerente” e demonstra a falta de valorização dos trabalhadores.

Outro ponto de contestação prende-se com o Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS), cuja aprovação, segundo o sindicato, está pendente desde 2023 no ministério de tutela.

Acrescentou ainda que a nova grelha salarial aprovada em 2021 tem sido aplicada apenas às novas contratações, deixando os trabalhadores antigos com salários congelados e sem progressão há vários anos.

Perante esta situação, o STAPS exige a intervenção urgente do Governo para a aprovação do PCCS, a actualização justa das remunerações e a abertura de um verdadeiro diálogo entre a administração e o sindicato.

Perante a falta de diálogo e de repetida indisponibilidade por parte da administração do centro, o sindicato fixou o dia 10 de Novembro como prazo para uma resposta concreta, caso contrário, os trabalhadores estão dispostos a sair à rua para reivindicar os seus direitos.

O presidente Fernando Baldé garante que o sindicato continuará firme na defesa da dignidade e dos direitos dos trabalhadores, assegurando que todas as vias legais serão accionadas para restabelecer a justiça laboral e o respeito pelas condições profissionais no CERMI.

AV/HF

Inforpress/Fim

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