Mindelo. 02 Jul (Inforpress) – O presidente da União Cabo-verdiana Independente e Democrática (UCID, oposição) apontou o dedo ao Governo hoje, no Mindelo, pelo “descaso e incapacidade” em resolver os problemas dos transportes aéreos e exigiu que sejam tomadas medidas.
João Santos Luís, que falou em conferência de imprensa, começou por exemplificar a situação com o cancelamento dos voos domésticos da TACV na segunda-feira, 01, “sem informação, motivando a revolta e indignação entre os passageiros”.
Algo que, conforme a mesma fonte, afigura-se como mais um episódio da “crise crónica” dos transportes no arquipélago.
“O Governo de Cabo Verde tem repetido promessas de criação de ligações fiáveis e regulares entre ilhas, mas até hoje sem sucesso”, sustentou João Santos Luís, para quem, na verdade, assiste-se a “uma inexistência de estratégias para o sector dos voos domésticos, o que configura um entrave e uma grave limitação para o desenvolvimento do País”.
Daí, a constatação do “descaso e incapacidade” deste Governo na resolução dos problemas cruciais do país, nomeadamente a conectividade, “contribuindo de forma negativa para a degradação do mercado interno e travando a circulação de pessoas de uma ilha para outra”, criticou.
A situação, acredita a mesma fonte, seria “completamente diferente” num país onde efectivamente existe assunção de responsabilidades dos poderes públicos perante os cidadãos, perante a economia e o País.
Porque, a seu ver, se fosse em outras condições, tanto o ministro dos Transportes, como o primeiro-ministro, já teriam saído do Governo somente por esse problema de conectividade.
Entretanto, João Santos Luís exortou o executivo a utilizar a “inteligência e os recursos à disposição” para resolver de vez a problemática da conectividade.
“Ou então que seja claro com os cabo-verdianos e abrir o jogo, que afinal não consegue resolver o caos dos transportes, que ele próprio terá contribuído para perdurar em Cabo Verde”, reiterou o líder da UCID, acrescentando que se fosse o seu partido no Governo já teria resolvido o problema com auxílio dos "vários parceiros internacionais".
LN/ZS
Inforpress/Fim
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