São Vicente: Adeco lança campanha nacional para reduzir preço de água nos fontanários e sentinas  (c/áudio)

Inicio | Sociedade
São Vicente: Adeco lança campanha nacional para reduzir preço de água nos fontanários e sentinas  (c/áudio)
22/03/24 - 04:45 pm

Mindelo, 22 Mar (Inforpress) - A Associação para Defesa do Consumidor (Adeco) lançou hoje, em São Vicente, uma campanha nacional para sensibilizar as câmaras municipais a reduzir o preço da água vendida nas sentinas e fontanários do país.

A informação foi avançada à Inforpress pelo sócio e ex-dirigente da Adeco, António Silva, que informou que a campanha arranca hoje, Dia Mundial de Água, e decorre durante seis meses com várias acções junto da população, autoridades, escolas e outras instituições.

“Em Cabo Verde, o problema maior é o acesso à água de qualidade e a preço justo para as populações mais desfavorecidas. Temos todos a lutar contra esta aberração e propus à Adeco esta campanha, com duração de seis meses, e que vai envolver várias actividades, desde o lançamento informação e comunicação social, conferência de imprensa, formação e sensibilização da população, porque infelizmente boa parte da população paga esse valor absurdo”, explicou.

Conforme António Silva, essa população, ao comprar uma garrafa de água de cinco litros por cinco escudos, está a pagar 1.000 escudos por metro cúbico, e boa parte pensa que está a pagar um preço barato, o que não é verdade.

“Vamos fazer acções nas diversas ilhas do país, até no estrangeiro, se for necessário, informação para pressão e mudança, contatar e conscientizar as autoridades nacionais e internacionais. Mobilizar e conscientizar a população para esta luta, porque podem recorrer a meios diversos para fazerem valer os seus direitos”, acrescentou.

Além da redução do preço da água, adiantou a mesma fonte, a campanha também pretende sensibilizar para que se crie um horário fixo de abastecimento nessas sentinas e funcionários para a melhoria da qualidade da água.

“Embora a câmara possa estabelecer, em alguns sítios, o horário, as pessoas que estão a vender água não fazem isso. Não cumprem, nem todas, mas boa parte não cumpre. E o pior é a qualidade dessa água, porque essas cisternas e depósitos não são limpos durante anos e anos, não há desinfecção”, esclareceu António Silva, para quem isso coloca em causa a saúde pública da população pelo que as autoridades devem agir.

 

CD/CP

Inforpress/Fim

Partilhar