São Vicente: Primeiro-ministro diz que espera ter o Estatuto do Artista em implementação no próximo ano

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São Vicente: Primeiro-ministro diz que espera ter o Estatuto do Artista em implementação no próximo ano
01/12/25 - 03:20 pm

Mindelo, 01 Dez (Inforpress) – O primeiro-ministro disse esperar ter o Estatuto do Artista em implementação em 2016, para que as indústrias criativas sejam, de facto, uma indústria à qual as pessoas possam dedicar tempo, energia e empreendedorismo.

Ulisses Correia e Silva falava no domingo à noite, durante o encerramento da 10.ª edição da Feira de Artesanato e Design de Cabo Verde (URDI), que decorreu no Mindelo sob o lema “URDI – 10 anos de celebração do artesanato e design de Cabo Verde”, com a participação de mais de 150 expositores.

“Está no Parlamento e deverá ser aprovada ainda durante o mês de Dezembro, e esperamos que seja transformadora para toda esta actividade que tem a ver com a nossa cultura e a nossa indústria criativa, para irmos cada vez mais longe”, afirmou.

Em relação à feira, o chefe do Governo explicou que a presença de todas as ilhas durante o período de “confraternização, de aprendizagem, de residência artística”, protagonizado no evento, tem um valor muito grande, porque, sublinhou, “o artesanato é, de facto, a produção daquilo que o País tem de mais original”.

“É a tradição transformada em produtos que nós colocamos à disposição do mundo. E é esta relação que precisamos de tornar muito mais forte com várias outras áreas. A cultura e as indústrias criativas ligam-se ao turismo, à economia azul e vimos aqui muita produção a partir daquilo que chamamos desperdícios, que, se não forem usados, acabam no lixo”, vincou a mesma fonte.

Esse momento, acrescentou, representa um encontro e também a criação de condições para que as artesãs e os artesãos consigam ter rendimentos a partir daquilo que produzem.

Por sua vez, o ministro da Cultura e das Indústrias Criativas destacou a importância da URDI para o artesanato nacional.

A artesã Polibel Rodrigues também discursou em representação dos demais. A mesma pediu maior fiscalização dos produtos expostos na feira para evitar que alguns artesãos importem produtos para os vender como se fossem produzidos localmente.

No encerramento da feira foram igualmente distinguidos artesãos que concorreram aos prémios Djoy Soares.

A artesã Janilda Monteiro foi a vencedora do júri técnico com uma peça estilo blazer feita à base de “Clabedocth”, e Carlos Ferro venceu na categoria mais votada no Facebook com o quadro “Dia-a-dia na Ribeira do Paul”.

O prémio, no valor de 30 contos, foi criado pelo CNAD, em 2018, para distinguir a melhor peça produzida pelos artesãos durante a feira URDI, em homenagem ao falecido mestre e ceramista Djoy Soares.

CD/ZS

Inforpress/Fim

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