São Vicente: Escolas com “condições mínimas” para arranque do ano lectivo no dia 15 - delegado de Educação

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São Vicente: Escolas com “condições mínimas” para arranque do ano lectivo no dia 15 - delegado de Educação
10/09/25 - 04:48 pm

Mindelo, 10 Set (Inforpress) – O delegado de Educação garantiu hoje à Inforpress, no Mindelo, que estão criadas as “condições mínimas” para que se efective o arranque do ano lectivo no dia 15 em todas as escolas de São Vicente.

“É para dizer à comunidade educativa que o ano lectivo vai iniciar-se no dia 15 com muita resiliência e com muita confiança”, sustentou Jorge da Luz.

Segundo a mesma fonte, em “todas as escolas básicas e secundárias” estão criadas as “condições mínimas” para que os alunos arranquem as aulas em segurança, não obstante o estado de calamidade decretado pelo Governo devido aos estragos provocados pela tempestade, a 11 de Agosto.

Questionado sobre os estabelecimentos que sofreram danos, como queda de muro, danificação dos tectos, Jorge da Luz, sem detalhar, confirmou que ainda restam algumas preocupações, mas que devem ser sanadas nos próximos tempos.

“Já foi feito tudo o que era possível fazer para arrancarmos. Tivemos dias árduos de trabalho e de muita organização”, considerou aquele responsável, que aproveitou para louvar o trabalho feito pelas equipas de limpeza e pelas direcções das escolas.

Quanto à classe docente, asseverou que estão sendo ultimados os trâmites para a colocação de cerca de mil professores, para orientar 15 mil alunos do 1.º ao 12.º ano.

O delegado de Educação justificou ainda a falta de manuais em São Vicente, a poucos dias do arranque escolar e explicou que tal se deve também às chuvas que invadiram as instalações da Ficase na ilha e danificaram 30 a 40 por cento (%) dos livros.

Contudo, conforme a mesma fonte, a situação está a ser analisada pelo presidente da Ficase, que chegou na terça-feira, 09, a Mindelo e nos próximos dias terá uma resposta para os pais e encarregados de educação.

Jorge da Luz pediu ainda o engajamento da comunidade educativa para que o ano lectivo inicie “com confiança e resiliência”, reiterou.

A tempestade Erin, ocorrida na madrugada do dia 11 de Agosto, inundou bairros, destruiu estradas e estabelecimentos comerciais, afectou o abastecimento de energia e água e provocou nove mortos, havendo ainda duas pessoas desaparecidas e vários desalojados, em São Vicente.

Na sequência, o Governo decretou situação de calamidade por seis meses em São Vicente, Porto Novo (Santo Antão) e nos concelhos de São Nicolau, outros dos pontos do país afectados.

Foi aprovado um plano de resposta com apoios de emergência às famílias e actividades económicas, incluindo linhas de crédito bonificadas e verbas a fundo perdido, financiadas pelo Fundo Nacional de Emergência e pelo Fundo Soberano de Emergência, criado em 2019.

LN/ZS

Inforpress/Fim

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