Cidade da Praia, 10 Set (Inforpress) - Gerson Melo, quadro da divisão do Departamento da FIFA, esclareceu hoje que a selecção cabo-verdiana de futebol pode ser multada mas não descarta a interdição do público ao Estádio Nacional, face à invasão dos espectadores ao relvado.
Neste exclusivo à Inforpress, Gerson Melo ressaltou que “em momento algum durante a invasão se observou comportamentos de violência” pelo que descartou qualquer hipótese de Cabo Verde vier a perder pontos dessa vitória de 1-0 sobre os Camarões, registado terça-feira, 09, referente à oitava jornada do Grupo D de qualificação africana para o Mundial’2026.
Explicou que em cada jogo FIFA, há os oficiais com diversas responsabilidades e que dada a importância desse jogo, o organismo que superintende o futebol mundial nomeou um oficial de segurança, o experiente nigeriano, Sr Hobi, com a incumbência de gerir e preparar toda a segurança do jogo, em concertação com as autoridades locais.
“Cabe a este oficial de segurança, com muita experiência em organizações internacionais da FIFA fazer o relatório de tudo o que toca à segurança. O regulamento é bastante claro, naturalmente que a invasão é um mau sinal para nós, devido ao comportamento, infelizmente, dos nossos adeptos”, aclarou.
Melo disse entender essa euforia dos adeptos dos Tubarões Azuis, mas fez questão de ressalvar que “é sempre mau invadir o terreno do jogo, mesmo que em momento algum durante a invasão se observou comportamentos de violência”, mas disse que a Comissão de Disciplina da FIFA irá analisar o relatório do oficial de segurança.
Gerson Melo espera que Cabo Verde venha, certamente a ser multado, mas esclareceu que existem diferentes sanções, consoante a gravidade, que poderá passar até pela suspensão do Estádio, jogos às portas fechadas, ou mesmo proibição de jogar no país por um ou dois jogos.
“Não é o caso. Não houve relatos de violência, houve sim invasão do terreno do jogo, em sinal de festa. O mundo viu porque o mundo viu esta grande façanha de Cabo Verde, mas esperemos nós que não seja mais do que uma multa, que normalmente dentro deste caso acontece”, explicou.
Salientou que neste caso “vai prevalecer o bom senso neste momento de afirmação de uma Nação, mas, endereçou uma mensagem no sentido de sensibilizar a todos os cabo-verdianos para evitar que invasões do tipo aconteçam, sob pena de Cabo Verde vir a ser penalizado por essas situações.
Não havendo relatos de violências, ou de confrontos físicos e muito menos da queixa da selecção dos Camarões, Melo disse que os regulamentos prevêem tudo, mas que não houve agressão, pelo contrário, “momento de uma festa, que é mau sim e que deve ser reflectido”.
“Vamos esperar pelo bom senso. O país, não só o país futebolístico, mas o país em si está nas bocas do mundo, por se tratar de um trabalho de longos anos e que estamos à beira de atingir. Eu acredito que no dia 13 ou 14 de Outubro, o Estádio Nacional irá ter, outra vez os adeptos, no jogo com Eswatini”, frisou.
Melo fez questão de alertar a todos para esta causa, por ser “um momento único para todo o país e para todos os cabo-verdianos e não só”, sublinhando que resta a Cabo Verde e a FCF aguardar, naturalmente pela comunicação da FIFA.
SR/ZS
Inforpress/Fim
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