Mindelo, 03 Set (Inforpress) – O primeiro-ministro anunciou hoje, no Mindelo, que o Governo vai analisar caso a caso a situação das grandes empresas que tiveram prejuízos avultados com a passagem da tempestade Erin, que assolou São Vicente.
Ulisses Correia e Silva fez este anúncio ao visitar empresas e propriedades agrícolas em zonas como Ribeira de Julião, Ribeira de Vinha e Calhau que foram profundamente afectados com danos em milhares de contos.
A mesma fonte lembrou que foi publicado na quarta-feira, 02, no Boletim Oficial um despacho que sintetiza e especifica as medidas para essas empresas, que vão desde moratórias fiscais, descontos no pagamento da segurança social e créditos com taxas de juros que não ultrapassam 2,5 por cento (%).
“Essas empresas podem contratar com um valor superior, mas o Governo cobre a diferença e garantias, garantias do Tesouro, portanto é um esforço que vamos fazer conjunto para fazer aplicar essas medidas aos casos concretos”, explicou o primeiro-ministro.
As situações, assegurou, são diferenciadas, mas existe uma coisa em comum, os “muitos estragos e prejuízos”, no sector agrícola, sector industrial e comercial e de produção avícola, constatados durante a visita de hoje.
“Estamos a trabalhar para que nessas circunstâncias possamos adequar as medidas às situações concretas e dar um fôlego financeiro para a recuperação”, reiterou Ulisses Correia e Silva.
Instado sobre o que fazer a partir de agora para que o cenário não se repita, o chefe do executivo disse ser preciso aplicar um plano, a médio e longo prazo, para tornar o arquipélago “o mais resiliente possível” nas diversas vertentes, mas vai avisando que não é possível controlar os fenómenos naturais na sua totalidade.
Mas quando acontece, é necessário, enfatizou, “ter capacidade de prevenir e de actuar e de reconstruir novamente, rapidamente”.
Há que fazer para que, considerou Ulisses Correia e Silva, seja cada vez menos impactante relativamente à vida das pessoas, que é o primeiro bem a salvaguardar.
A tempestade Erin, ocorrida na madrugada do dia 11 de Agosto, inundou bairros, destruiu estradas e estabelecimentos comerciais, afectou o abastecimento de energia e água e provocou nove mortos, havendo ainda duas pessoas desaparecidas.
Na sequência, o Governo declarou situação de calamidade por seis meses em São Vicente, Porto Novo (Santo Antão) e nos concelhos de São Nicolau, outros dos pontos do país afectados.
Foi aprovado um plano de resposta com apoios de emergência às famílias e actividades económicas, incluindo linhas de crédito bonificadas e verbas a fundo perdido, financiadas pelo Fundo Nacional de Emergência e pelo Fundo Soberano de Emergência, criado em 2019.
LN/ZS
Inforpress/Fim
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