Ribeira Grande, 16 Jul (Inforpress) – O deputado do PAICV eleito por Santo Antão Albertino Mota afirmou hoje que os moradores das comunidades encravadas de Figueiras e Ribeira Alta, no concelho da Ribeira Grande, Santo Antão, sentem-se abandonados tanto pelo poder local como central.
Albertino Mota, que falava aos jornalistas no balanço da sua visita às comunidades isoladas de Figueiras e Ribeira Alta, trouxe à luz a situação que classificou como “crítica e preocupante” enfrentada por estas localidades.
O político demonstrou as “condições adversas" vivenciadas pelos residentes, que, segundo o mesmo, lutam diariamente contra a falta de infraestrutura básica e apoio governamental.
“A situação é dramática, pois são comunidades altamente encravadas, que apesar de incontáveis promessas, ainda em pleno século XXI, não dispõem de estradas, portos seguros, rede móvel, internet”, elencou.
Albertino Mota enfatizou que, apesar das inúmeras promessas ao longo dos anos, estas áreas continuam negligenciadas pelas políticas públicas, resultando em “condições de vida precárias”.
O deputado afirmou que a situação social que se vive nessas zonas é “crítica e preocupante”, tendo os residentes questionado “onde está o Governo que diz ter as pessoas no centro das suas políticas”.
"Figueiras e Ribeira Alta são zonas invisíveis para o poder público", declarou.
Albertino Mota referiu ainda que os moradores destas comunidades dependem principalmente da agricultura e da criação de animais para subsistência, e enfrentam dificuldades adicionais devido ao mau ano agrícola e os impactos da pandemia.
Durante a visita, o deputado do PAICV eleito por Santo Antão disse ter observado que a falta de acesso às comunidades por via terrestre e marítima tem implicações sérias, como a incapacidade de transferir doentes em emergências e a interrupção de serviços básicos como energia eléctrica.
A infraestrutura local, incluindo o posto de saúde de Ribeira Alta em remodelação desde Setembro de 2023, também foi citada como um ponto crítico que exige atenção imediata das autoridades.
"É imperativo que o governo e a câmara municipal assumam sua responsabilidade para com essas comunidades, garantindo que recebam os serviços essenciais e o suporte necessário para prosperar", afirmou.
LFS/CP
Inforpress/Fim
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