Porto Novo, 02 Fev (Inforpress) – O centro de expurgos do Porto Novo, em Santo Antão, tratou 118 toneladas de produtos agrícolas diversos ao longo de 2023, que foram exportadas para as ilhas turísticas do Sal e da Boa Vista.
Os dados foram fornecidos à Inforpress pelo delegado do Ministério da Agricultura e Ambiente no concelho do Porto Novo, Joel Barros, que manifestou a sua satisfação com o aumento da procura, por parte dos produtores agrícolas, do centro de inspecção, tratamento e embalagem de produtos em 2023.
Depois de vários anos praticamente inactivo, o centro de expurgos, que começou a operar em 2013, conheceu em 2023 uma boa dinâmica graças ao aumento de procura por parte dos agricultores, facto que, segundo Joel Barros, deve-se à melhoria nos transportes marítimos para as ilhas do Sal e Boa Vista.
A seu ver, a previsibilidade que existe hoje a nível dos transportes marítimos inter-ilhas tem facilitado os produtores agrícolas que, assim, conseguem tratar os seus produtos para ser exportados para as ilhas do Sal e Boa Vista.
Com isso, este centro pós-colheita ganhou, ao longo do ano findo, uma boa dinâmica, avançou este responsável, que disse acreditar que, com a construção do novo centro de expurgos “na zona de escoamento”, ou seja, no porto do Porto Novo, a exportação dos excedentes agrícolas ganhará “novo impulso”.
O mercado turístico da ilha do Sal tem sido, nos últimos anos, o mais preferido dos produtores agrícolas de Santo Antão, mas Joel Barros disse que se notou em 2023 alguma retoma da exportação para Boa Vista, graças à melhoria nos transportes.
Porto Novo vai ter um novo centro de expurgos, que já está a ser construído na zona portuária, num investimento de cerca de 80 mil contos.
O novo centro de expurgos, que estará pronto dentro de noves meses, insere-se no quadro do plano de investimentos da Enapor – Portos de Cabo Verde para os portos em Cabo Verde.
Aquando da consignação das obras, em Novembro, o ministro do Mar, que presidiu ao acto, explicou que o centro de expurgos visa resolver o embargo imposto há quase 40 anos aos produtos agrícolas de Santo Antão, devido à praga dos mil pés.
JM/ZS
Inforpress/Fim
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