Assomada, 24 Out (Inforpress) – A responsável da Equipa Multidisciplinar de Apoio à Educação Inclusiva (EMAEI) avançou hoje que as prioridades para o ano lectivo 2024/25 têm como foco dar continuidade ao processo de inclusão escolar e social das crianças.
Em entrevista à Inforpress, a coordenadora Ana Eloisa Moreno, informou que no concelho, têm 87 alunos com NEE do pré-escolar ao ensino secundário, e que já deram início ao plano de actividades, trabalhando de forma “incansável” para dar resposta às demandas do concelho na inclusão das crianças e jovens com Necessidades Educativas Especiais (NEE) no contexto socioeducativo.
Neste sentido, divulgou as suas principais metas para o ano lectivo em curso, destacando a formação de professores, apoio pedagógico especializado e o uso de tecnologias assistivas como prioridades, mas também a divulgação e a socialização do Decreto-lei nº 9/2024, que regula a inclusão de crianças e jovens com necessidades educativas especiais, será central em suas acções.
Ainda, Ana Eloisa Moreno ressaltou que o objectivo principal da equipa, composta por cinco elementos, é garantir o acesso de todos os alunos ao currículo escolar, eliminando barreiras arquitectónicas e, principalmente, algumas atitudes, que têm sido um obstáculo significativo para os alunos com NEE.
A colaboração entre escolas e famílias também foi apontada como um factor crucial para o sucesso das iniciativas inclusivas, com destaque para a importância da participação dos alunos com NEE em actividades escolares, como o Parlamento Infantil e o concurso Vozes de Ouro, concurso de leitura, entre outras iniciativas.
A responsável reforçou que o intuito é criar um ambiente educacional onde as diferenças individuais sejam respeitadas e todos tenham oportunidades iguais.
Questionada sobre a taxa de envolvimento familiar e o processo de aceitação dessas crianças no seio familiar e na sociedade, a coordenadora considerou que o envolvimento familiar tem crescido consideravelmente nos últimos anos, impulsionado por campanhas de sensibilização comunitária.
Entretanto, reconheceu que no que tange à aceitação por parte da sociedade, dentro do centro esta aceitação é num nível maior do que nas localidades mais periféricas.
“Enquanto nas áreas centrais há uma maior abertura para a inclusão de pessoas com NEE, as regiões periféricas enfrentam mais desafios”, disse, apontando que para combater essa disparidade, a EMAEI está a organizar visitas domiciliares e outras iniciativas de engajamento social para aproximar a sociedade das escolas e debater essas situações.
Sobre o atendimento na Sala de Recursos, avançou que neste momento atendem 11 crianças, nomeadamente alunos com deficiência visual, síndrome de Down e autismo, onde oferecem apoio especializado para suas necessidades.
Nesta mesma linha, reafirmou o compromisso da EMAEI na criação de um ambiente educacional mais inclusivo, garantindo que esses alunos tenham o suporte necessário para seu desenvolvimento.
MC/ZS
Inforpress/Fim
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