Ribeira Grande: Jardim Mãe da Divina Providência celebra dez anos de serviço, educação e amor às crianças

Ribeira Grande, 08 Nov (Inforpress) – As irmãs Orionitas na Ribeira Grande, Santo Antão, estão a celebrar uma semana especial em comemoração e valorização dos “10 anos de serviço, educação e amor às crianças” do jardim infantil fundado em 2015.

As actividades estão a cargo das Pequenas Irmãs Missionárias da Caridade (Orionitas) da vice delegação “Nossa Senhora da Assunção” (Cabo Verde) e arrancaram esta sexta-feira com uma conferência celebrativa intitulada "recordação do caminho percorrido, aprofundamento do carisma orionita e renovação dos laços com os benfeitores", ministrada pela irmã Rosa Rocha, uma das responsáveis mundiais da congregação.

Em declarações à Inforpress, a irmã Rosa Rocha, que viajou da Itália, Roma, onde trabalha, disse que ao longo destes dez anos, o Jardim Mãe da Divina Providência tem sido uma presença viva e transformadora, dedicada a educar e formar crianças, semeando esperança e solidariedade no coração de Cabo Verde.

Segundo a mesma fonte, o jardim começou a funcionar no dia 12 de Outubro de 2015, mas, inicialmente, o prédio contruído na zona de rua de Orta foi projectado como um centro para acolher jovens do sexo feminino, para promoção humana, para aqueles que tivessem necessidade ou também para estudo.

Depois viu-se a necessidade de abrir um jardim, graças ao estímulo das pessoas, e a obra iniciou no mesmo ano com 25 crianças sendo que hoje o jardim acolhe entre 80 a 90 crianças, anualmente.

A irmã Rosa precisou ainda que neste momento estão a funcionar com 13 pessoas, sendo nove monitoras, dois operacionais de serviços gerais, a irmã Vitória Lopes que é a responsável pedagógica, e a irmã (timorense) Margareta Alves.

Questionada sobre os desafios do jardim, a irmã Rosa Rocha sublinhou a questão dos gastos financeiros do jardim que é considerado privado, a continuidade em acolher as crianças mais vulneráveis e também o desafio de educar valores em tempos de grandes desafios sociais, por isso desafiou os “leigos” para abraçarem o projecto porque “é um jardim social que visa defender os valores de Dom Orione".

A obra de Dom Orione, fundador das Pequenas Irmãs Missionárias da Caridade (Orionitas), que viveu de 1872 a 1940 foi lembrada pela irmã Rosa Rocha como um italiano que foi um grande visionário, com uma grande paixão para o outro, para servir quem precisava e que fundou as primeiras escolas e jardins dando o impulso para exercer em nome dele que “é um santo, um modelo”.

Por sua vez, o encarregado de educação Cecílio Caielo disse que nos anos do aniversário do jardim “o sentimento é de gratidão e devemos continuar a educar, educar e educar, pois uma pessoa educada ajuda a construir pontes e não barreiras”.

As actividades comemorativas continuam hoje com um almoço festivo, convivência, partilha com as crianças e famílias que fizeram parte da história do jardim e, no domingo, com a celebração de uma missa em acção de graças pelos frutos colhidos e entrega confiante ao futuro.

“Dez anos de história: uma missão a brilhar, que transforma e uma caridade que ilumina” é a mensagem ilustrativa das celebrações do Jardim Mãe da Divina Providência, na Ribeira Grande.

EL/HF

Inforpress/Fim