Cidade da Praia, 25 Set (Inforpress) – O projecto da requalificação do ilhéu de Santa Maria, apresentado hoje, vai devolver aos praienses o referido espaço e enaltecer a presença de Charles Darwin naquele sítio, afirmou o presidente da Câmara Municipal da Praia, Francisco Carvalho.
Esta afirmação foi feita por Francisco Carvalho, durante a apresentação do referido projecto, em que assegurou que esta é uma das reivindicações e expectativas dos praienses, sublinhando que “não se pode dar ao luxo de apagar a presença de Charles Darwin”.
Enfatizou, considerando que “foi um privilégio enorme, Charles Darwin ter passado por Cabo Verde e a partir dali do ilhéu de Santa Maria ter começado a reflectir sobre a revolução que ele veio a construir depois”, que, conforme ele, deve ser vista numa perspectiva de responsabilidade e de valorização histórica.
Segundo o edil praiense, o projecto inicialmente delineado para o ilhéu de Santa Maria foi o “mais polêmico desde primeira hora” e que mais recebeu a contestação, quer por parte dos pesquisadores, como académicos e comunidade científica, entre outros. Deste modo justificou ser necessário valorizar este legado, que considerou “único”, o ponto de partida de toda a construção científica da grande figura mundial que foi Charles Darwin.
Por isso, considerou que com este projecto os praienses vão poder usufruir de um parque de estacionamento, um anfiteatro para receber eventos públicos ao ar livre, além de vários restaurantes, espaços verdes, bem como uma marina há muito desejada para a Cidade da Praia, além de alguns espaços, e alguns pontos que marcam a passagem, inovação, invenção e etapa de Charles Darwin por aquele sítio.
Assim sendo, Francisco Carvalho afiançou que vai ser construído um museu que realça a figura daquele investigador, aliás destacou que existe uma corrente a nível mundial que utiliza a figura de Charles Darwin como “produto turístico”, desde circuitos, conferências, algo que, defendeu, pode ser também replicado naquele espaço.
Questionado sobre o espaço ter sido inicialmente vocacionado para outros fins, e qual tem sido o diálogo com o poder central, Francisco Carvalho advogou que está aberto para o diálogo para a construção “de um futuro que respeite a vontade da maioria dos praienses”, salientando que “a palavra deva ser dada aos praienses”.
Aquele autarca ressalvou que pretendem fazer tudo a base do “amor”, estribado no sentimento dos cabo-verdianos, não indo contra ninguém em particular, mas sim ir em favor da maioria das pessoas e dos praienses em particular, que almejam ter um espaço do tipo.
Aquele autarca disse que o referido projecto está orçado em cerca de 900 mil contos e todo o trabalho de arquitectura foi desenvolvido por uma equipa de engenheiros afectos à edilidade.
WN/ZS
Inforpress/Fim
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