Cidade da Praia, 25 Mar (Inforpress) – O presidente do Conselho Directivo da VerdeFam, Francisco Tavares, disse hoje que a redução da gravidez na adolescência e a sensibilização dos homens a procurarem os serviços de saúde constituem os principais desafios da Associação.
De acordo com Francisco Tavares, 12 por cento (%) dos adolescentes têm o primeiro filho aos 19 anos, facto que constitui uma preocupação para a Associação Cabo-verdiana Para a Protecção da Família (VerdeFam).
“Queremos reduzir este número”, disse Francisco Tavares, durante a realização de um workshop sobre a Saúde Sexual e Reprodutiva e Saúde Mental, enquadrado nas comemorações do 29º aniversário da VerdeFam, que se assinala hoje, 25 de Março.
“Queremos também dar respostas às pessoas que correm o risco de ficar para trás, designadamente, a população com deficiência, que está em desvantagem em matéria de informação e de acesso à saúde reprodutiva, e à comunidade LGBTQIA+ (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Transgêneros, Queer, Intersexuais e Assexuais), no sentido de ter um quadro legal para o atendimento porque fazem parte da população cabo-verdiana”, disse.
A seu ver, a importância de abordar a questão da saúde mental centra-se no ponto de vista preventivo e do atendimento, designadamente nas comunidades.
Presente no encontro esteve, também, o psiquiatra João Vaz que abordou o tema a Saúde Mental na Família, considerando que se torna cada vez mais “urgente” trazer esta questão para a sociedade.
“Não é possível que as pessoas tenham saúde sem que, de facto, tenham uma boa saúde mental e vice-versa, e é na família que se inicia tudo, lidando com as dificuldades, com comportamentos violentos, com um período de muito consumismo”, frisou.
Para João Vaz, a família dispõe de um papel determinante neste sentido, com exemplos de vida, de respeito e de cultura de valores.
E ainda segundo o presidente do Conselho Directivo da VerdeFam, para além dos atendimentos realizados, a associação dispõe de cinco clínicas móveis, assegurando que o trabalho é feito também nas comunidades para atender às pessoas que podem ter algum estigma e com dificuldades de chegar aos serviços de saúde.
OS/HF
Inforpress/Fim
Partilhar