Bonga encerra Kriol Jazz Festival 2025 com actuação classificada de “emocionante”

Cidade da Praia, 13 Abr (Inforpress) – O Kriol Jazz Festival 2025 foi encerrado na noite de sábado, 12, com uma performance que o público classificou de “inesquecível” do cantor e compositor angolano Bonga, que trouxe a celebração da música africana e lusófona.

A atuação, que teve lugar no palco da Pracinha Escola Grande, foi um dos pontos altos da 14.ª edição do festival, emocionando o público presente com uma combinação de temas icónicos da sua carreira.

Bonga, um artista angolano conhecido pela sua voz inconfundível e pela sua mistura de semba, jazz e outros estilos tradicionais, levou o público da Praia a uma viagem sonora profunda, unindo gerações e culturas através da sua música.

O artista expressou a sua gratidão pelo acolhimento do público cabo-verdiano e lembrou que o Kriol Jazz é uma ponte entre as culturas africanas e lusófonas, reforçando o seu papel como um dos maiores eventos de intercâmbio cultural de Cabo Verde.

Com 82 anos, Bonga partilhou o segredo da sua juventude, enfatizando que a sua vitalidade está na "continuação da vida", e destacou a importância de estar em sintonia com as "raízes" e com as coisas que “realmente importam”, como o tempero das comidas tradicionais.

Segundo a mesma fonte, a sua inspiração na música vem da "imaginação criativa dos velhos de antigamente", cuja herança cultural se mantém viva.

Bonga também ressaltou a experiência de participar no Kriol Jazz, destacando a cumplicidade com o músico Joe e a importância de um festival tão significativo para a cultura dos países lusófonos.

A cantora Nancy Vieira abriu o festival com uma apresentação vibrante, demonstrando todo o seu talento e a sua capacidade de conectar o público com as suas músicas. Em entrevista, a artista descreveu a sua atuação com “muita emoção”.

"A palavra é muita emoção, por todos os motivos. Não estamos a falar só da Nancy artista, mas da filha desta cidade, que apesar de não ter nascido aqui, cresceu na cidade da Praia. Tive tudo para uma grande noite cheia de emoção e, obviamente, as pessoas, que para mim são o mais importante", frisou a artista.

Outro nome que brilhou no Kriol Jazz foi a cantora americana Michelle David, que participou pela primeira vez do evento. 

Com a sua fusão subtil de ritmos clássicos do soul e sons contemporâneos, conquistou o público com a sua energia contagiante.

"Eu poderia dizer que gostaria de ter conhecido este lugar muito mais cedo. Teria vindo aqui várias vezes, mas estou feliz que este é o momento, e isso absolutamente está alimentando o meu espírito", afirmou a cantora, visivelmente emocionada.

Fechando o ciclo de artistas que marcaram a edição do Kriol Jazz 2025, esteve a banda Las Karamba, conhecida pela sua capacidade de combinar son, cha-cha-cha, salsa e timba com rap e música urbana, num estilo novo, especial, contagiante e poderoso.

"Estamos muito emocionados e gratificados, foi uma adrenalina. Esperamos que esta não seja a primeira vez que possamos visitar estas cidades. Também queremos agradecer ao Kriol Jazz por esta oportunidade", disse o grupo, destacando a importância de participar no festival.

O Kriol Jazz Festival 2025 teve m orçamento de cerca de 20 mil contos. 

JBR/AA

Inforpress/Fim