Cidade da Praia, 04 Nov (Inforpress) – O Presidente da República considerou hoje que Cabo Verde tem todas as condições para a produção e realização de filmes e apelou a “djunta mô” para que o Djarfogo International Film Festival ganhe dimensão nacional e internacional.
José Maria Neves falava à imprensa na manhã de hoje, após presidir a abertura da 4.ª edição do Djarfogo Internacional Filme Festival (DIFF) que irá decorrer de 04 a 05 deste mês, na cidade da Praia, e 06 a 10 na ilha do Fogo.
Realçou que as primeiras sementes já foram lançadas e que agora é preciso trabalhar em conjunto e de mãos dadas para dar uma dimensão maior a este festival.
Segundo Neves, Cabo Verde é um Estado transnacional e a sua riqueza passa um pouco pelas capacidades que tem disponíveis nas ilhas e em outros domínios espalhados pelo mundo, e com a imensa diáspora deve aproveitar todas essas competências e capacidades para crescer.
“Acho que temos condições sim para dar uma nova dimensão ao Djar Fogo International Film Festival e trazer muito mais o mundo a Cabo Verde e levar Cabo Verde ao mundo, acelerar o ritmo de crescimento das indústrias criativas e do entretenimento aqui em Cabo Verde”, sublinhou.
Entretanto, disse que o país tem “enormes talentos” e muitas possibilidades de crescimento no domínio das economias criativas e do entretenimento, mas reconheceu que está “muito abaixo do seu potencial”.
Para o Presidente da República, é preciso ter uma visão “mais ampla, ambição e mais ousadia”, e mobilizar todas as capacidades e competências e contar sobretudo com a disponibilidade, energias dos jovens.
“É por isso que esta junção do Djarfogo International Film Festival e da universidade é muito importante para construirmos o futuro e podermos criar novas possibilidades de crescimento e desenvolvimento do cinema e de outras áreas de criação cultural aqui em Cabo Verde”, apontou
Por seu turno, o fundador e director do Djar Fogo International Film Festival, Guenny Pires, explicou que a edição deste ano é especial uma vez que comemora o centenário de Amílcar Cabral e presta homenagem ao cinema africano.
Segundo adiantou, a 4.ª edição conta com a exibição de 44 filmes de 40 países e pretende educar a comunidade e os jovens e mostrar os valores do cinema como ferramenta mais importante no ensino sobre cada um, como pessoa.
A ideia, segundo o director, é que Cabo Verde possa dar os primeiros passos na indústria cinematográfica nos próximos anos, e, neste sentido, pretende transformar o festival numa escola e continuar com o “Africa Film Lab Filmmaking Mentorship”, que permite aos jovens talentos terem oportunidade de conhecer de perto cineasta internacionais.
"Esse é um começo e temos fé e coragem que com o engajamento de todos sobretudo dos cineastas Cabo-verdianos possam vender os seus projetos na Netflix e outras plataformas”, finalizou.
A 4.ª edição do Djarfogo Internacional Filme Festival (DIFF) vai homenagear ainda o antigo Presidente da República, Pedro Pires.
AV/AA
Inforpress/Fim
Partilhar