Portugal: Homenagem simbólica à gastrónoma Maria de Lourdes Chantre em um dia de evocação ao milho em Lisboa

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Portugal: Homenagem simbólica à gastrónoma Maria de Lourdes Chantre em um dia de evocação ao milho em Lisboa
26/10/24 - 04:02 pm

Lisboa, 26 Out (Inforpress) – A gastrónoma Maria de Lourdes Chantre, considerada um nome incontornável da cozinha cabo-verdiana e autora de vários livros sobre a gastronomia de Cabo Verde, foi hoje homenageada, simbolicamente, em Lisboa, em um dia de evocação ao milho.

O evento denominado “A simbologia do milho na cultura cabo-verdiana - Em tempos de ‘Azágua’” aconteceu no Centro Cultural de Cabo Verde (CCCV), no âmbito da programação “Outubro - Mês da Cultura e das Comunidades”.

No decorrer da sessão foi feita uma homenagem simbólica à gastrónoma Maria de Lourdes Chantre, “nome incontornável da cozinha cabo-verdiana” e autora de vários livros sobre a gastronomia de Cabo Verde.

“Fiquei admirada, mas ao mesmo tempo muito feliz. Mesmo aposentada tenho tido solicitações para eventos, e quando me solicitam, eu estou sempre pronta”, disse Maria de Lourdes Chantre em declarações à Inforpress, afirmando que o “milho é o real rei”, de Cabo Verde.

“Estou com um colar de milho que está muito velhinho, que Trouxe de Cabo Verde, que eu ia sempre para a Ribeira de Julião, colar São João, com o meu marido. Hoje fiz questão de o pôr e homenagear o milho que é o nosso real rei, tanto que no meu último livro tenho uma página só dedicada ao milho”, contou.

Questionada sobre a importância do milho para Cabo Verde, Maria de Lourdes Chantre foi categórica em afirmar que admira a criatividade da mulher cabo-verdiana, por causa da quantidade de pratos com sabores diferentes que ela inventou a partir do milho e com poucos ingredientes.

A gestora do Centro Cultural de Cabo Verde, Ângela Barbosa, explicou à Inforpress que a ideia de homenagear Maria de Lourdes Chantre foi colocada pelo escritor e editor da Rosa Porcelana Editora Filinto Elísio, que editou o último livro da homenageada.

“Na programação do mês de Outubro fazemos vários eventos culturais com música e literatura e este ano lembramos da gastronomia. Desafiei ao Filinto para fazer esse evento, fazendo uma palestra sobre o que representa o milho no menu cabo-verdiano”, explicou.

Ângela Barbosa lembrou que o milho, cereal base da gastronomia cabo-verdiana, é também alimento da “alma crioula e personagem principal” de inúmeros pratos da cozinha do arquipélago.

Para ela, evocar o milho na programação das comemorações do Dia da Cultura e das Comunidades, que Cabo Verde celebra a 18 de Outubro, “é dar-lhe o merecido destaque”.

O evento foi promovido em parceria com o editor da Rosa de Porcelana Editora, Filinto Elísio, e a gerente do espaço gastronómico By Milocas, Milocas Andrade, situado no piso -1 do CCCV.

Ângela Barbosa considerou que o evento correu “bem”, garantindo que é para continuar e que no próximo ano outros elementos da gastronomia cabo-verdiana serão homenageados, como por exemplo a carne de cabra ou o peixe.

DR/ZS

Inforpress/Fim

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