Porto Novo: Praga mil pés chega ao perímetro agrícola de Morro Cavalo para aflição dos agricultores

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Porto Novo: Praga mil pés chega ao perímetro agrícola de Morro Cavalo para aflição dos agricultores
10/10/24 - 02:15 pm

Porto Novo, 10 Out (Inforpress) – A praga dos mil pés já foi detectada no perímetro agrícola do Morro de Cavalo, na Ribeira da Cruz, no município do Porto Novo, para a aflição dos 52 agricultores locais, informou hoje a associação de classe.

O presidente da Associação dos Agricultores de Morro de Cavalo, José Lima, disse à Inforpress que um foco dos mil pés já foi detectado nessa zona, um dos poucos perímetros agrícolas até agora livre desta praga daninha, que come plantas, tubérculos e raízes.

“Infelizmente, os mil pés já chegaram a Morro de Cavalo e vamos ter que, doravante, tentar controlar esta praga, já que ainda não há formas de combate”, sublinhou José Lima, dando conta da preocupação dos agricultores, que vão ter a partir de agora que optar por culturas resistentes a esta praga.

Até agora, o perímetro de Morro Cavalo era uma das zonas onde se produzia muito a batata comum, um tubérculo, porém, muito apreciado por mil pés.

Tarrafal de Monte Trigo, Martiene e Chã de Norte são os vales ainda livres desta praga, que terá chegado a Santo Antão desde os anos 70, quando começaram a dar nas vistas no vale da Ribeira Grande, alastrando-se anos depois para os restantes concelhos, levando às autoridades nacionais a decretarem em 1984, um embargo aos produtos agrícolas de Santo Antão.

A ilha de Santo Antão recebeu, em Setembro, uma equipa técnica chinesa que procedeu a um diagnóstico da situação dos mil pés na ilha, visando a elaboração de um plano de mitigação dos efeitos desta praga.

O diagnóstico, segundo o delegado do Ministério da Agricultura e Ambiente (MAA) no concelho do Porto Novo, Joel Barros, vai permitir a este ministério montar um plano de acção que trará pistas que permitam atenuar os efeitos desta praga, que infesta a ilha de Santo Antão há várias décadas.

A expectativa do MAA é ter, nos próximos tempos, a praga controlada tendo em conta as condições ecológicas da ilha e a própria natureza dos mil pés.

JM/CP

Inforpress/Fim

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