Porto Novo, 24 Set (Inforpress) – As associações de agricultores no concelho do Porto Novo manifestaram-se hoje esperançados no plano de mitigação dos efeitos da praga dos mil pés, que infesta a ilha de Santo Antão desde os anos 70.
As associações, abordadas pela Inforpress, manifestaram a sua satisfação pela iniciativa do Ministério da Agricultura e Ambiente (MAA) de avançar com investigações sobre os mil pés em Santo Antão, exortando-o a adoptar um plano que aponte soluções para combater esta praga.
É o caso da Associação dos Agricultores de Alto Mira, cujo presidente, Idarlino Fortes, disse que se trata de uma “boa notícia” para a classe o facto do MAA ter feito já o diagnóstico da situação da praga, que há décadas assola Santo Antão, com consequências “nefastas” para o sector agrícola na ilha.
Também a Associação dos Agricultores da Casa de Meio mostrou-se satisfeita com o facto de uma equipa técnica chinesa ter estado, recentemente, em Santo Antão no âmbito da elaboração da investigação para a elaboração do plano de mitigação dos efeitos dos mil pés.
Os jovens agricultores das zonas periurbanas do Porto Novo manifestaram também à Inforpress a esperança de que os técnicos chineses e cabo-verdianos possam apontar soluções para combater esta praga daninha, que ataca praticamente todos os vales de Santo Antão.
No município do Porto Novo, apenas as localidades do Tarrafal de Monte Trigo, Chã de Norte e Martiene estão ainda livres desta praga.
O delegado do MAA no Porto Novo confirmou à Inforpress que uma equipa técnica chinesa esteve recentemente em Santo Antão com o propósito de fazer um diagnóstico da situação dos mil pés para a elaboração de um plano de combate a esta praga.
Os técnicos chineses, acompanhados de técnicos nacionais, procederam a um diagnóstico da situação da praga em Santo Antão, que vai permitir ao MAA montar um plano de acção que trará pistas que permitam encontrar uma solução para os mil pés.
A expectativa do Governo é ter, nos próximos tempos, a praga controlada tendo em conta as condições ecológicas da ilha e a própria natureza dos mil pés.
Os mil pés surgiram nesta ilha nos anos 70, tomando logo a proporção de uma praga que obrigou, em 1984, as autoridades a decretar um embargo aos produtos agrícolas de Santo Antão para evitar a sua propagação às outras ilhas agrícolas do arquipélago.
JM/HF
Inforpress/Fim
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