Cidade da Praia, 08 Fev (Inforpress) – O primeiro-ministro disse esta sexta-feira, 07, que a “parceria personalizada” que se pretende com a NATO está orientada para a segurança marítima, visando reforçar a segurança da vasta zona económica exclusiva.
Para Ulisses Correia e Silva, face à localização geográfica do país, na encruzilhada do Brasil, África Ocidental, Europa e América, tornam-se necessárias estratégicas seguras para reforçar o combate ao tráfico de drogas e de pessoas e a pesca ilegal, de entre um conjunto de condições que nenhum país sozinho consegue fazer.
“A ideia é procurar alianças que protejam Cabo Verde e ao mesmo tempo Cabo Verde ser um actor útil na segurança cooperativa, mas tudo centrado na segurança marítima. É esta a abordagem que nós temos estamos a fazer e creio que vamos avançar”, explicou.
Relativamente às decisões da administração Trump (presidente dos Estados Unidos da América) quanto à problemática da deportação e da suspensão das ajudas, o Chefe do Governo disse que o III compacto “Millennium Challenge Corporation” não está em risco, alegando que não existe qualquer indicação em como o pacote do MCC destinado a Cabo Verde irá ser afectado.
“O pacote está em trabalho ainda. A definição, a elaboração de projectos, a definição dos montantes só irá ser executado, de facto, em 2026. Quer dizer que nós estamos numa fase de preparação, quer dizer que 90 dias (tempo de suspensão anunciado por Trump), no horizonte de 2026 não afecta. Creio que nós iremos continuar a esta iniciativa que irá beneficiar Cabo Verde, no momento certo da sua concretização”, clarificou.
Quanto às deportações anunciadas pelo 47º presidente dos Estados Unidos da América, o primeiro-ministro considerou que a comunidade cabo-verdiana se encontra bem integrada nos EUA, mas que existem situações que levam à eventualidade de situações de deportações e mostrou-se esperançado de que os cabo-verdianos não sejam afectados de uma forma massiva.
“Se houver deportações nós temos um programa nacional que é executado e permite fazer uma boa integração, uma boa inclusão porque são cabo-verdianos e lá onde estão cabo-verdianos, seja em que circunstâncias estiverem, se vierem novamente para a terra serão bem integrados e bem acolhidos”, referiu.
SR/HF
Inforpress/Fim
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