PAICV recorda ao Governo promessas por cumprir e aponta para "governação intransparente”

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PAICV recorda ao Governo promessas por cumprir e aponta para "governação intransparente”
11/07/24 - 01:34 pm

Cidade da Praia, 11 Jul (Inforpress) – O PAICV (oposição) recordou hoje ao Governo, no Parlamento, das promessas por cumprir, especialmente a resolução dos problemas dos transportes, e apontou a falta de transparência nas obras do Mercado de Coco.

O deputado do grupo parlamentar do Partido Africano da Independência de Cabo Verde (PAICV), João do Carmo, apontou problemas ligados aos transportes aéreos e marítimos que, em seu entender, estão em situação de caos e fazem perigar a circulação de pessoas e de bens”, mencionou.

João do Carmo lembrou que, em 2016, o MpD tinha prometido um Governo comprometido com a liberdade, neutralidade do Estado em relação a preferências partidárias, promoção do pluralismo, e governança ética e transparente, princípios nos quais os cabo-verdianos depositaram sua confiança ao votar no partido.

“Hoje, já todos constataram que o Governo do MpD adoptou, como método de trabalho, a partidarização do acesso à administração pública, aos cargos, às oportunidades e até aos contratos públicos”, acusou o parlamentar.

O Governo, apontou João Carmo, no seu programa de 2021, assumiu novos compromissos, depois de “lançar mão” do Cadastro Social e dos perdões de dívidas de luz e de água.

“Às vésperas das eleições de 2021, teve a coragem de prometer, por exemplo, reforçar o sistema eleitoral, visando a sua credibilidade, e blindar o processo eleitoral de tentativas de fraude e corrupção, especialmente os casos de compra de votos”, assinalou.

De entre outras críticas, o deputado questionou a transparência de processos geridos pelo Governo que, conforme disse, “não consegue explicar aos seus cidadãos onde estão os milhões de contos que, supostamente, estavam destinados ao Mercado do Côco” e porque é que o Tribunal de Contas não está a fiscalizar.

“Do mesmo modo, não se consegue entender por que razão, numa obra que é objeto de um investimento de 2,2 milhões de contos – o Porto do Maio - vai parar literalmente ao mar, sem que tal seja objecto de fiscalização”, indicou João do Carmo.

Por seu lado, o deputado da União Cabo-verdiana Independente e Democrática (UCID), António Monteiro, apontou que o problema dos transportes é um dos maiores desafios que ainda persiste.

O parlamentar apontou para o que chamou de "falhanço redondo" por parte do Governo em resolver problemas críticos de conectividade nacional, mesmo em meio a um crescimento económico relatado.

Em resposta, o deputado do Movimento para Democracia (MpD, poder), Damião Medina defendeu o partido assumindo um compromisso contínuo com a transparência e a eficácia administrativa.

“Estamos assistindo aqui a uma discussão sobre diversos assuntos da governação deste país, mas em termos de substância, em termos de conteúdo, não há nada disso para convencer os cabo-verdianos. Esta declaração certamente vem neste período eleitoral que se aproxima. Vamos ter mais deste tipo vindo do PAICV”, salientou Damião Medina.

TC/HF

Inforpress/Fim

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