Assomada, 13 Out (Inforpress) – A noite desceu sobre Assomada como um manto de emoção, na praça central, onde os passos se cruzam e as vozes se encontram, os santa-catarinenses viveram cada segundo do jogo como se o coração pulsasse ao ritmo dos “Tubarões Azuis”.
A cada remate, um grito. A cada defesa, um suspiro.
E quando a bola beijou as redes da Eswatini, a euforia transformou-se em maré — um oceano de alegria que uniu crianças, jovens e anciãos sob a mesma bandeira: Cabo Verde.
A Câmara Municipal abriu o espaço, mas foi o povo que deu vida à praça. As gargalhadas misturavam-se com o som dos tambores improvisados, os aplausos erguiam-se como ondas, e os olhos brilhavam com a esperança de um país pequeno no mapa, mas gigante no coração.
“É um sentimento que não cabe no peito”, confessou Luís Cardoso, entre abraços e lágrimas. “Ver a nossa selecção chegar ao topo é ver Cabo Verde inteiro a vencer.”
Já Isa Lopes pediu mais: “Que os nossos jogadores continuem a lutar, com humildade e fé. Este orgulho é de todos nós”.
E no meio da multidão, Estevão Gomes sorria, convicto de que “esta equipa vai fazer história”.
Porque, afinal, o impossível também tem cor — e é azul.
Com a histórica presença no Mundial de 2026, a selecção cumpre um sonho que é de todos: “o de ver a nossa bandeira tremular entre as nações do futebol global”.
Quando o apito final soou e o placar fixou o 3-0 - com golos de Daylon Livramento, Willy Semedo e Stopira - Assomada explodiu. Carros a buzinar, cachecóis ao vento, e uma só voz ecoando entre montanhas: “Cabo Verde no Mundial!”
Pela primeira vez, o arquipélago escreverá o seu nome entre os grandes. E naquela praça, iluminada não só por candeeiros, mas por sonhos, ficou a certeza de que o futebol é mais do que um jogo, é uma canção que todos sabem cantar.
MC/ZS
Inforpress/Fim
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