Médicos e demais técnicos de Saúde poderão entrar em greve a partir de 17 de Dezembro - Sindicatos

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Médicos e demais técnicos de Saúde poderão entrar em greve a partir de 17 de Dezembro - Sindicatos
02/12/25 - 05:49 pm

Cidade da Praia, 02 Dez (Inforpress) – Os sindicatos dos médicos, enfermeiros e demais técnicos ligados à saúde comunicaram hoje ao Ministério da Saúde e à Direcção-Geral do Trabalho que deverão iniciar uma greve a partir de 17 de Dezembro.

A informação foi avançada à Inforpress pelo secretário permanente do Sindicato dos Trabalhadores da Administração Pública (Sintap), Luís Fortes, que explicou tratar-se de uma decisão dos sete sindicatos ligados aos técnicos da área da saúde, após incumprimentos de dois acordos assinados em 2023 e 2025 por parte do Governo.

“O pessoal da saúde decidiu, depois de vários contactos, anunciar um pré-aviso de greve para os dias 17, 18 e 19 de Dezembro. Os únicos pontos materializados foram o Plano de Carreiras, Funções e Remunerações (PCFR) dos médicos e o dos enfermeiros. Mas o processo não chegou ao fim porque ainda falta a lista de transição definitiva, depois da reclamação dos médicos e dos enfermeiros”, afirmou.

Segundo Luís Fortes, outro ponto importante que falta ainda cumprir é a publicação do PCFR do Instituto Nacional de Saúde Pública (INSP) e o dos técnicos assistentes de saúde, além do pagamento dos subsídios de risco.

“Os acordos eram para vigorar a partir de Março de 2025 e até agora não estão efectivados, estando já a aproximar-se o fim do ano. O processo dos professores começou muito mais cedo e está tudo resolvido, mas o pessoal da saúde ainda não tem o resultado das negociações feitas com o Governo”, clarificou.

Conforme a mesma fonte, os sete sindicatos estão preocupados com a falta de comunicação, porque “não há informação por parte do Ministério da Saúde e o silêncio está a provocar uma onda de indignação e descrença do pessoal em relação ao Governo”.

“O último contacto que tivemos com o Governo foi quando enviámos uma carta ao Ministério da Saúde e, desde essa data, há quase um mês, ainda não recebemos qualquer feedback”, relatou.

Segundo Luís Fortes, até à data da greve os sindicatos esperam uma resposta do Governo, mas avisou que não vão abdicar das exigências, tendo em conta que este processo já leva um atraso de dois anos. Pelo que, sintetizou, para que não haja greve, é preciso mais um esforço do Governo.

CD/ZS

Inforpress/Fim

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