Porto Inglês, 15 Out (Inforpress) – O grupo “Bem di Djarmai” quer promover a consciência ambiental e a economia circular através da costura reciclável e empoderamento cultural das pessoas na ilha do Maio.
Criado em 2022, o grupo de costura “Bem di Djarmai” é formado maioritariamente por mulheres donas de casas e desempregadas e que, através da costura, têm promovido a consciência ambiental e o empoderamento social e económico.
Patrícia del Peso, coordenadora do grupo, diz que a preocupação ambiental, nomeadamente, a poluição por plástico, desencadeou o projecto que iniciou com reciclagem do plástico e que prossegue com a costura reciclável, no combate à cultura do descarte.
“O desperdício de roupas é brutal no mundo e queremos também trabalhar este conceito. Podemos fazer de outra maneira, ao invés de descartar podemos transformar as roupas, promovendo uma consciência ambiental”, disse, apontando que o grupo funciona, também, como espaço de terapia e formação, promovendo o empoderamento das mulheres.
O grupo tem produzido, por exemplo, bolsas a partir de sacos de arroz, reaproveitando os jeans, transformando roupas em novas peças, mas também produzido bonecos com restos de tecidos que são depois vendidos.
Segundo destacou a coordenadora, apesar da costura do grupo ainda ser caseira e artesanal, o que se pretende é promover a educação pelo ambiente, através da costura.
“Aqui no grupo queremos que as pessoas conheçam a realidade ambiental da ilha e que saibam, depois, dos impactos que o nosso trabalho tem para o ecossistema”, avançou, destacando que a iniciativa do grupo promove, também, a economia circular na ilha.
Nesse momento o grupo já possui um espaço para produção e máquinas de costura, mas, conforme avançou Patricia del Peso, ainda precisam de mais apoios, nomeadamente de formações em costura profissional, e na aquisição de uma máquina industrial de modo a sofisticar a costura reciclável.
Além da costura, o grupo organiza actividades culturais de modo a dinamizar a cultura na ilha do Maio, já que, conforme Patrícia del Peso, a ilha precisa de uma política cultural mais forte, bem como mais estímulos à arte.
Neste momento o grupo “Bem di Djarmai” trabalha na sua oficialização enquanto associação.
RL/JMV
Inforpress/Fim
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