Cidade da Praia, 14 Ago (Inforpress) – O Instituto Nacional de Saúde Pública (INSP) alertou hoje para o aumento do risco de doenças infecciosas na sequência das chuvas que afectam o arquipélago nos próximos dias e apelou ao reforço dos cuidados intensivos principalmente dos grupos vulneráveis.
Em declarações à Inforpress, a presidente do INSP, Maria da Luz Lima, revelou que as condições climáticas actuais, marcadas por inundações e muito calor, favorecem a propagação de doenças transmitidas por vectores, como dengue, zika, chikungunya e paludismo, além de doenças diarreicas e outras infecções causadas pela contaminação da água.
“Águas contaminadas com esgoto, lixo ou produtos químicos, como vimos nas inundações recentes, podem causar hepatite, febre tifóide e diarreias se não forem tratadas ou eliminadas a tempo”, destacou esta responsável, realçando que o instituto tem trabalhado conjuntamente com as delegacias de saúde no reforço das acções de vigilância.
A mesma fonte alertou para o risco associado ao acúmulo de águas estagnadas, que facilita a reprodução do mosquito Aedes Aegypti, sublinhando que a situação se agrava com a escassez de água potável e pela dificuldade de acesso a alimentos seguros.
Recomendou evitar o consumo de alimentos que tenham estado em contacto com água das inundações, evitar o contacto com águas lamacentas ou de enxurrada, especialmente se tiver feridas na pele e a usar botas ou calçado impermeável em zonas alagadas.
A utilização de repelente e roupas que cubram braços e pernas é, também, recomendado para prevenir doenças transmitidas por mosquitos, lavar frequentemente as mãos com água e sabão ou usar solução à base de álcool e evitar banhar-se nas praias.
Destacou igualmente o tratamento da água com lixívia antes do consumo, reforço das práticas de higiene pessoal, alimentar e colectiva, eliminação de locais propícios à reprodução de mosquitos e gestão adequada de resíduos pelas câmaras municipais.
Além destes riscos, a presidente do INSP sublinhou a importância do apoio psicológico e redes de solidariedade, fundamentais para enfrentar as consequências das emergências ambientais, com auxílio de psicólogos e outros profissionais de saúde.
O INSP alertou para a possibilidade real do aumento de casos nas próximas semanas e pediu a colaboração da população para adoptar medidas de prevenção e procurar os serviços de saúde ao menor sinal de sintomas.
LT/HF
Inforpress/Fim
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