Ilha do Maio: MpD alerta para “sinais preocupantes” na gestão da câmara municipal

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Ilha do Maio: MpD alerta para “sinais preocupantes” na gestão da câmara municipal
16/04/25 - 01:48 pm

Porto Inglês, 16 Abr (Inforpress) – O líder da bancada municipal do MpD no Maio considerou hoje que os primeiros 100 dias da gestão camarária liderada por Rely Brito têm sido marcados por “suspensões de protocolos, cortes de apoios e ameaças a funcionários”.

Em conferência de imprensa hoje, em Porto Inglês, Zacarias Freire alertou para o que classificou como uma governação baseada em “decisões unilaterais, sem diálogo nem transparência”, colocando “em risco o progresso alcançado na ilha nos últimos anos”.

“Desde o início do mandato, temos vindo a alertar para sinais preocupantes de uma gestão centrada no autoritarismo, onde impera a lógica do ‘eu posso e mando’, ignorando completamente os princípios democráticos da concertação, da escuta activa e da participação cidadã”, denunciou o líder municipal do MpD.

Segundo Freire, os primeiros 100 dias do actual executivo camarário, liderado pelo PAICV, têm sido pautados pelo “abandono total” das obras em curso herdadas da gestão anterior e por “decisões arbitrárias” que, de acordo com o partido, levantam “sérias preocupações” quanto ao futuro da ilha.

Entre as medidas criticadas, o MpD destacou a suspensão do protocolo com a Associação Comunitária de Morrinho, que apoiava a Rádio Comunitária Voz de Djarmai, a suspensão do protocolo com a Associação Academia Desportiva Djarmai e a rescisão unilateral de contratos com as empresas Construções Adrião e Pré-Lajes Djarmai.

Zacarias Freire referiu ainda o alegado incumprimento do protocolo com a Associação de Morrinho, que terá resultado no encerramento do centro comunitário local, devido a quatro meses de salários em atraso da monitora responsável pelo espaço.

O líder da bancada do MpD denunciou ainda a interrupção de subsídios atribuídos a idosos e doentes acamados para aquisição de medicamentos e acusou a câmara municipal de “perseguição e ameaças” a funcionários da autarquia.

Face a esta situação, Zacarias Freire apelou à população para que se mantenha vigilante, com o objectivo de “travar o retrocesso”, face a uma equipa camarária que, segundo disse, apresenta uma “liderança fraca, despreparada e vingativa”.

RL/AA

Inforpress/Fim

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