Paris, 15 Fev (Inforpress) – O Presidente francês transmitiu hoje ao primeiro-ministro de Israel que as operações em Gaza "têm de parar" porque "o custo humano e a situação humanitária" são "intoleráveis”, instando Benjamin Netanyahu a tomar medidas para uma solução de dois Estados.
Numa conversa telefónica com Netanyahu, Emmanuel Macron "exprimiu a firme oposição da França a uma ofensiva israelita em Rafah”, no sul da Faixa de Gaza, “que só poderia conduzir a uma catástrofe humanitária de uma nova magnitude”, de acordo com um comunicado da Presidência francesa.
Manifestou ainda a oposição da França a "qualquer deslocação forçada de população", o que, segundo o governante francês, constituiria uma violação do direito internacional humanitário e "um risco adicional de escalada regional".
O chefe de Estado francês sublinhou também "a extrema urgência de concluir, sem mais demoras, um acordo de cessar-fogo que garanta finalmente a proteção de todos os civis e o afluxo maciço de ajuda de emergência".
Emmanuel Macron considerou ainda "imperativo abrir o porto de Ashdod, uma via terrestre direta a partir da Jordânia e todos os pontos de passagem" para fazer chegar a ajuda ao enclave palestiniano.
“A falta de acesso humanitário é injustificável", insistiu.
Reiterou ainda a "condenação" de Paris "à política de colonatos de Israel” e “apelou ao desmantelamento dos enclaves ilegais" em território palestiniano, pedindo "que se evite qualquer medida suscetível de conduzir a uma escalada descontrolada em Jerusalém e na Cisjordânia".
A França anunciou na terça-feira sanções contra 28 "colonos israelitas extremistas culpados de violência contra civis palestinianos na Cisjordânia" e apelou à União Europeia (UE) para que faça o mesmo.
Macron também sublinhou hoje que a solução de dois Estados é a única que pode responder "às legítimas aspirações dos palestinianos" e apelou a Netanyahu e a todos os líderes israelitas para que "tenham a coragem de lhes oferecer um futuro de paz", acrescentou o Eliseu (Presidência francesa) no mesmo comunicado.
Por outro lado, o Presidente francês salientou que a libertação de todos os reféns israelitas detidos pelo Hamas, incluindo três que são também cidadãos franceses, "é uma prioridade absoluta para a França".
Durante a conversa foi também abordada a situação regional, tendo Macron salientado a importância de evitar que o conflito se alastre a toda a região, nomeadamente ao Líbano e ao Mar Vermelho.
O conflito na Faixa de Gaza entre o Hamas e Israel foi desencadeado após o ataque sem precedentes do movimento islamita palestiniano em território israelita, em 07 de outubro passado, em que morreram mais de 1.160 pessoas, na sua maioria civis, de acordo com uma contagem da agência noticiosa francesa AFP baseada em dados oficiais israelitas.
O Hamas, considerado terrorista pela UE, Estados Unidos e Israel, fez ainda 253 reféns, dos quais 130 ainda permanecem cativos em Gaza.
Em retaliação, Israel está a levar a cabo uma ofensiva militar em grande escala que já fez mais de 28.500 mortos em Gaza, a grande maioria civis, e dezenas de milhares de feridos, segundo os últimos dados do Ministério da Saúde do Hamas, que controla o enclave palestiniano desde 2007.
Inforpress/Lusa
Fim
Macron pede a Netanyahu que pare operações em Gaza e avance para solução de dois Estados
Paris, 15 Fev (Inforpress) – O Presidente francês transmitiu hoje ao primeiro-ministro de Israel que as operações em Gaza "têm de parar" porque "o custo humano e a situação humanitária" são "intoleráveis”, instando Benjamin Netanyahu a tomar medidas para uma solução de dois Estados.
Numa conversa telefónica com Netanyahu, Emmanuel Macron "exprimiu a firme oposição da França a uma ofensiva israelita em Rafah”, no sul da Faixa de Gaza, “que só poderia conduzir a uma catástrofe humanitária de uma nova magnitude”, de acordo com um comunicado da Presidência francesa.
Manifestou ainda a oposição da França a "qualquer deslocação forçada de população", o que, segundo o governante francês, constituiria uma violação do direito internacional humanitário e "um risco adicional de escalada regional".
O chefe de Estado francês sublinhou também "a extrema urgência de concluir, sem mais demoras, um acordo de cessar-fogo que garanta finalmente a proteção de todos os civis e o afluxo maciço de ajuda de emergência".
Emmanuel Macron considerou ainda "imperativo abrir o porto de Ashdod, uma via terrestre direta a partir da Jordânia e todos os pontos de passagem" para fazer chegar a ajuda ao enclave palestiniano.
“A falta de acesso humanitário é injustificável", insistiu.
Reiterou ainda a "condenação" de Paris "à política de colonatos de Israel” e “apelou ao desmantelamento dos enclaves ilegais" em território palestiniano, pedindo "que se evite qualquer medida suscetível de conduzir a uma escalada descontrolada em Jerusalém e na Cisjordânia".
A França anunciou na terça-feira sanções contra 28 "colonos israelitas extremistas culpados de violência contra civis palestinianos na Cisjordânia" e apelou à União Europeia (UE) para que faça o mesmo.
Macron também sublinhou hoje que a solução de dois Estados é a única que pode responder "às legítimas aspirações dos palestinianos" e apelou a Netanyahu e a todos os líderes israelitas para que "tenham a coragem de lhes oferecer um futuro de paz", acrescentou o Eliseu (Presidência francesa) no mesmo comunicado.
Por outro lado, o Presidente francês salientou que a libertação de todos os reféns israelitas detidos pelo Hamas, incluindo três que são também cidadãos franceses, "é uma prioridade absoluta para a França".
Durante a conversa foi também abordada a situação regional, tendo Macron salientado a importância de evitar que o conflito se alastre a toda a região, nomeadamente ao Líbano e ao Mar Vermelho.
O conflito na Faixa de Gaza entre o Hamas e Israel foi desencadeado após o ataque sem precedentes do movimento islamita palestiniano em território israelita, em 07 de outubro passado, em que morreram mais de 1.160 pessoas, na sua maioria civis, de acordo com uma contagem da agência noticiosa francesa AFP baseada em dados oficiais israelitas.
O Hamas, considerado terrorista pela UE, Estados Unidos e Israel, fez ainda 253 reféns, dos quais 130 ainda permanecem cativos em Gaza.
Em retaliação, Israel está a levar a cabo uma ofensiva militar em grande escala que já fez mais de 28.500 mortos em Gaza, a grande maioria civis, e dezenas de milhares de feridos, segundo os últimos dados do Ministério da Saúde do Hamas, que controla o enclave palestiniano desde 2007.
Inforpress/Lusa
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