Cidade da Praia, 02 Out (Inforpress) – O vice-primeiro-ministro anunciou hoje o desejo do executivo em montar um ecossistema que abrange formação, formalização, assistência técnica, financiamento e ‘coaching’ (treinamento, em português) para a promoção do autoemprego para mulheres e jovens.
Olavo Correia falava à Inforpress, na cidade da Praia, na sequência da abertura da reunião para a validação da nova técnica para reforma do Regime Especial das micro e pequenas empresas (REMPE), que reúne parceiros técnicos e financeiros do desenvolvimento de Cabo Verde e representantes de organismos públicos e privados.
Segundo o também ministro das Finanças, comprova-se hoje que, sobretudo no continente africano, não será possível responder às demandas do mercado de trabalho para jovens e mulheres pensando somente na criação de empregos “por conta doutrem”.
Isto porque, avançou, por ano cerca de 20 milhões de jovens vão para o desemprego, totalizando mensalmente quatro milhões de desempregados.
Daí que destacou a criação do ecossistema “que seja capaz de incentivar jovens e mulheres” a avançar para o autoemprego como “única forma” de vencer o desafio imposto aos países.
Segundo Olavo Correia, um sistema simples e facilmente gerido pela administração tributária está qualificado a incentivar a criação de empregos a serem desenvolvidos pelos jovens.
Cabo Verde prepara-se para a elaboração do Orçamento do Estado para 2025 e o Governo, segundo a mesma fonte, está aberto a todas as propostas com vontade política, estudos elaborados e experiência para auxiliar o quadro legal e colocar ao serviço dos jovens e das mulheres.
“Nós estamos a trabalhar com um grande foco no ecossistema, criamos a Pró-Empresa, a Pró-Garante, a Pró-Capital, o Registo de Garantia Móveis e o banco para jovens e mulheres, temos hoje um ecossistema montado para ajudar os jovens e as mulheres a serem empreendedores” assegurou, advertindo que o país poderá ser desenvolvido se for uma nação de empreendedores.
A coordenadora residente do Sistema das Nações Unidas e representante da FAO em Cabo Verde, Ana Touza, caracterizou o REMPE como regime que constitui um “marco fundamental” na transformação da economia de Cabo Verde.
Para Ana Touza, os resultados e o impacto do regime são “inegáveis” na criação do emprego formal e na inclusão social de mulheres e trabalhadores, reiterando a sua actualização e reforma necessária para colmatar as insuficiências.
“O estudo que será validado hoje é o resultado de um trabalho que envolveu a pesquisa de toda documentação relevante produzida sobre o REMPE, bem como recolha de dados” disse, renovando o compromisso dos parceiros internacionais em continuar a apoiar Cabo Verde na implementação da agenda estratégica da reforma do ambiente de negócios.
LT/AA
Inforpress/Fim
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