Cidade da Praia, 03 Set (Inforpress) – O secretário de Estado adjunto do primeiro-ministro defendeu hoje ser obrigação do Governo definir um quadro regional que tire proveito das novas tecnologias e analise os riscos e ameaças do mundo digital “de forma responsável”.
Lourenço Lopes falava aos jornalistas no âmbito da conferência regional sobre a integridade da informação na África Ocidental e no Sahel, que decorre até sexta-feira, 05, na cidade da Praia, sob o lema “Integridade da informação: um pilar para a democracia e desenvolvimento sustentável”.
Para Lourenço Lopes, o principal desafio é equilibrar o desenvolvimento tecnológico com a protecção contra a desinformação e as notícias falsas, fenómenos que “afectam profundamente as democracias”.
Explicou que a conferência, promovida em parceria com a Unesco, reúne autoridades políticas, entidades reguladoras e especialistas da região para elaborar um quadro estratégico e um plano de ação denominado Plano de Ação da Praia, que orientará as políticas futuras em Cabo Verde e na sub-região.
Lourenço Lopes salientou ainda “o papel crucial” dos Estados na proteção dos cidadãos, garantindo o acesso a uma informação de qualidade, num contexto onde os meios tradicionais convivem e competem com plataformas digitais.
“O combate à desinformação não é tarefa só de Cabo Verde, é uma responsabilidade colectiva que envolve governos, profissionais da comunicação, comunidades e organismos internacionais”, afirmando, asseverando que a experiência do país em democracia e liberdade de imprensa “é um activo importante” para liderar este processo.
O secretário de Estado elucidou que uma “boa imprensa, que escrutina e denuncia”, é uma imprensa que “pode ajudar não apenas no reforço da democracia, mas também na própria governação”.
“E Cabo Verde quer continuar a reforçar a liberdade de imprensa para que continuemos a nos afirmarmos como uma referência de democracia em África e no mundo”, completou a mesma fonte.
Daí, continuou, o compromisso de Cabo Verde em continuar a promover “uma imprensa livre, actuante e comprometida”, assegurando o país como “uma referência democrática em África e no mundo”.
“Cabo Verde quer ser ponte, quer ser uma grande centralidade na abordagem, na reflexão sobre este tema que é actual e central para as democracias. Nós temos que cuidar da informação, permitir que os cidadãos tenham acesso a informação de qualidade”, finalizou.
O evento reuniu membros de governos responsáveis pela comunicação, educação e tecnologias de informação, académicos, jornalistas, organismos de regulação e autorregulação dos meios de comunicação social e organizações da sociedade civil.
Entre os participantes encontram-se personalidades nacionais e internacionais, nomeadamente o primeiro-ministro, José Ulisses Correia e Silva, o subdiretor-geral da Unesco para Comunicação e Informação, Tawfik Jelassi, e o representante especial da ONU para a África Ocidental e o Sahel, Leonardo Santos Simão.
LT/AA
Inforpress/Fim
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