Cidade da Praia, 20 Out (Inforpress) – O ministro da Saúde, Jorge Figueiredo, assegurou hoje que a especialização em Enfermagem de Saúde Materna e Obstétrica vai contribuir para a melhoria dos cuidados prestados às grávidas e na redução da mortalidade materna e infantil.
Em declarações à imprensa na abertura da cerimónia do curso na Universidade de Cabo Verde (Uni-CV), o governante salientou que esta formação permitirá que as unidades de saúde, incluindo as mais afastadas, passem a contar com enfermeiros especializados na área da obstetrícia.
“Ao colocarmos enfermeiros formados na área da obstetrícia na Brava, em São Nicolau, Maio, vamos contar que o “upgrade” que faremos no atendimento a essas grávidas vai contribuir para reduzir, nomeadamente, o número de casos de urgências nas grávidas”, disse Jorge Figueiredo.
Segundo o ministro, a aposta na formação especializada permitirá reforçar o princípio da equidade em saúde, levando cuidados de qualidade às ilhas e localidades mais distantes.
“Com este curso precisamos e pretendemos levar o mais longe possível às unidades de saúde mais distantes os mesmos cuidados que as grávidas já estariam, quer na Praia, quer em São Vicente”, sustentou, destacando que ao melhorar o parto, reduz igualmente a mortalidade infantil precoce.
Apesar de reconhecer que esta iniciativa não resolve o défice de profissionais na área, o titular da pasta da Saúde considerou que formações sucessivas terão um efeito cumulativo positivo, sublinhando que à medida que o País conseguir colocar mais enfermeiros obstetras em cada local, o atendimento melhora, reduzindo as mortes maternas e os problemas no parto.
O ministro lembrou ainda os progressos registados na formação de enfermeiros em Cabo Verde, salientando que “a quase totalidade dos profissionais possui hoje formação superior”, resultado da expansão dos cursos promovidos pela Uni-CV.
Para o ministro, a comunidade académica tem formado enfermeiros cada vez mais bem preparados, para cuidar de crianças, grávidas e adultos, sendo que, gradualmente, o país tem conseguido responder melhor às suas necessidades no sector.
Por sua vez, a especialista em Saúde Materna e Obstétrica, Denise Cardoso, afirmou que o curso possibilita a requalificação dos enfermeiros na saúde sexual e reprodutiva e na assistência à mulher, garantindo a formação contínua e a equidade no acesso.
Conforme avançou, são ao todo 20 alunos, com dois anos de duração do curso, sendo o primeiro ano direccionado aos conteúdos teóricos e no segundo ano ao estágio de natureza profissional a fim de exercer, na prática, os cuidados que o País quer oferecer à comunidade.
LT/HF
Inforpress/Fim
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