Mindelo, 06 Out (Inforpress) – O Ministério do Turismo e a Monte Cara Casino assinaram hoje, no Mindelo, um acordo de concessão para a exploração de jogos na ilha de São Vicente, num empreendimento que deverá gerar mais de 250 postos de trabalho.
O acto, que aconteceu na sala de reunião do Ministério do Mar, teve como intervenientes o ministro do Turismo e Transportes, José Luís Sá Nogueira, o inspector-geral dos Jogos, José Augusto Cardoso, e a representante da Monte Cara Casino, Maria da Conceição Fortes.
A ideia, conforme o ministro, é trazer para São Vicente mais um empreendimento que representa um factor impulsionador do turismo e tem impacto directo na economia local.
“Tem que ser responsável, tem que ser algo que tenha impacto positivo na economia e socialmente e tem que ser muito bem acompanhado e controlado para podermos garantir esse impacto que nós queremos”, considerou José Luís Sá Nogueira.
O projecto, segundo a mesma fonte, pode levar a aumento significativo do número de turistas e ainda impulsionar pequenos e médios negócios de diversão.
“Este projecto que acabamos de assinar representa um investimento que ronda os cinco milhões de euros e prevê a criação de 100 postos de trabalho directo e 150 a 300 postos de trabalho indirecto”, sublinhou o governante, que informou que parte da receita arrecadada será colocada à disposição da Câmara Municipal de São Vicente e de algumas associações comunitárias.
A concessão vai gerar à partida, acrescentou, uma arrecadação do Estado de mais de 70 mil contos, dos quais 50 mil contos já foram depositados e o restante será depositado de forma faseada.
Da parte dos promotores, Maria da Conceição Fortes assegurou que o Casino Monte Cara, que vai ser construído na Avenida Marginal, nas imediações do Porto Grande, é mais uma “aposta arrojada na inovação e modernidade” da ilha, mas sempre com o "respeito pela identidade mindelense".
“É mais do que um empreendimento de jogos, é um marco no desenvolvimento turístico e económico de Cabo Verde, em plena sintonia com a estratégia nacional de diversificação da oferta turística”, garantiu a representante.
A seu ver, o projecto trará à Ilha uma nova dimensão de lazer, cultura e entretenimento responsável, contribuindo para uma projecção cada vez maior de São Vicente no mapa internacional dos destinos turísticos de excelência.
Maria da Conceição Fortes enfatizou o facto de os promotores da iniciativa não terem chegado agora ao país, e sim estão presentes e comprometidos há vários anos com o desenvolvimento do sector do turismo e do jogo responsável, nomeadamente através da gestão do Casino Royal na Ilha do Sal, e de outras iniciativas ligadas ao turismo e à hotelaria.
E, por isso, mais este aval do Estado significa, sublinhou, “um sinal claro de confiança na competência técnica, na solidez financeira e na seriedade do grupo e dos seus parceiros”.
A concessão é válida por 25 anos, podendo ser prorrogada mediante condições específicas e parecer favorável da Inspecção Geral dos Jogos, a quem compete supervisionar e fiscalizar o contrato.
Findo o contrato, todos os bens e infra-estruturas afectas ao projecto reverterão para o Estado, sem direito a compensação.
LN/CP
Inforpress/Fim
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