Fogo: Edição 2024 da festa da Banderona termina hoje com almoço e passagem da bandeira ao novo festeiro

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Fogo: Edição 2024 da festa da Banderona termina hoje com almoço e passagem da bandeira ao novo festeiro
12/02/24 - 09:05 am

São Filipe, 12 Fev (Inforpress) – A edição 2024 da festa da Banderona, a maior festa tradicional da bandeira da ilha, termina hoje com celebração da missa em honra a São João Baptista, seguido de almoço e passagem da bandeira ao festeiro de 2025.

A festa teve o seu início no passado dia 20 de Janeiro e depois de 23 dias de actividades, que movimentaram as localidades mais a norte do município, Campanas Baixo e São Jorge, e a própria economia da ilha, termina hoje, véspera do Carnaval.

Depois da celebração da missa, segue-se todo o ritual da Banderona, como a colocação do mastro no sítio previamente determinado, almoço na Casa da Bandeira e na casa de praia com a passagem da bandeira aos festeiros do próximo ano, estando igualmente programado actividade musical com actuação de deejay, Dj Shy e os artistas June Freedom e Elji Beatzkilla.

A Banderona ou da bandeira de São João Baptista surgiu há mais de dois séculos e conforme reza a lenda “na altura, as pessoas ouviam, no “assobiar” do vento sons comparados com o toque de tambor e cantigas no ar, ao longo de vários dias”, seguidos de relâmpagos e trovões, tendo um raio caído numa ribeira onde habitualmente brincavam algumas crianças da comunidade.

A Banderona tem alguma diferença com outras festas assinaladas no Fogo. A sua figura principal é o "cordidjeru" (governador), que dirige e superintende todas as actividades da festa.

Nela participam cavaleiros, detentores de bandeiras (guardiões das bandeiras e da ordem, paz e harmonia), um juiz que preside, juntamente com o "cordidjeru", que assegura a votação ou nomeação dos festeiros para a festa do ano seguinte, e um corpo de “coladeiras” integrado por homens e mulheres, acompanhados de “caxerus” (tamboreiros).

Outra figura da festa é o de “refugiado ou ladrão” que é uma espécie de “canisade” que durante a festa só aparece no dia da matança, no último sábado antes do almoço, com intenção de roubar os produtos como carne, mandioca e outros.

JR/AA

Inforpress/Fim

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