São Filipe, 03 Set (Inforpress) - A Comissão Política Regional do PAICV (CPR) classificou hoje de insustentável a situação de cortes frequentes de energia eléctrica nos três municípios da ilha e expressou preocupação com a situação energética.
A CPR do PAICV, em conferência de imprensa, além de denunciar “cortes frequentes e prolongados” no fornecimento de energia eléctrica por parte da Empresa de Electricidade e Água (EDEC), sublinhou que o cenário se tem agravado, tornando-se “uma realidade insustentável para a população e para a economia local”.
Segundo a porta-voz da CPR do PAICV, Henriqueta Cardoso, os cortes têm ocorrido sem aviso prévio e, em muitos casos, prolongam-se por mais de 48 horas, afectando diversas localidades da ilha.
Acrescentou que a situação “além de grave é lesiva aos direitos dos cidadãos”, que continuam a pagar as suas facturas de electricidade com regularidade, na expectativa de um serviço estável e de qualidade.
“A ilha do Fogo está a vivenciar esta situação mais uma vez, por falta de investimento e manutenção regular nos equipamentos (geradores) da Central Única da ilha, indispensáveis para assegurar um serviço de qualidade”, disse Henrique Cardoso para quem esta é a fatura das opções erradas tomadas por este governo.
“É a prova inequívoca de que o Governo falhou rotundamente com o compromisso com os cabo-verdianos e foguenses em particular”, acusou.
Para além do “transtorno às famílias, os prejuízos económicos são igualmente significativos” e os pequenos operadores comerciais, muitos dos quais dependem totalmente da energia eléctrica para o funcionamento dos seus negócios, não têm capacidade financeira para recorrer a soluções alternativas, referiu a porta-voz da CPR.
A mesma fonte adiantou que os cortes no fornecimento têm provocado perdas materiais e quebra na produtividade.
A CPR denuncia que o problema resulta da falta de investimentos estruturais e de uma política energética eficaz para a ilha, apontando a responsabilidade à empresa gestora do sistema eléctrico e ao Governo.
O PAICV-Fogo acusa o Governo de ter “falhado com os compromissos assumidos com os foguenses” em particular, deixando a ilha “num estado de abandono” em áreas essenciais como no fornecimento de energia eléctrica.
JR/AA
Inforpress/Fim
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