Festividades/São Filipe: Organização prevê superar cavalhada de 2024 pese embora aquém de outros tempos

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Festividades/São Filipe: Organização prevê superar cavalhada de 2024 pese embora aquém de outros tempos
22/04/25 - 02:57 pm

São Filipe, 22 Abr (Inforpress) – O administrador da Casa das Bandeiras, Henrique Pires, admitiu hoje a possibilidade de a cavalhada deste ano ser melhor do que a do ano passado, mas longe da cavalhada que “a festa de São Filipe merece”.

A cavalhada é uma tradição cultural “vibrante e emblemática” das festas de São Filipe, em homenagem ao padroeiro da cidade, é realizada no dia 01 de Maio e marca a passagem da bandeira para o festeiro do próximo ano.

Essa tradição reforça a identidade cultural da ilha e é um dos eventos mais esperados e que mobilizam milhares de pessoas e constitui uma atracção turística, mas a edição de 2024 defraudou milhares de pessoas que ocorreram ao largo de Alto São Pedro devido à “fraca” qualidade e ao nível de participação de cavalos.

Henrique Pires defendeu que a solução definitiva para a situação da cavalhada depende de uma revisão do regulamento das corridas de cavalos e sublinhou que este assunto é do conhecimento da câmara municipal que organiza as provas desportivas, nomeadamente o hipismo.

Um dos principais pontos de discórdia é o espaço disponível para a cavalhada, Alto São Pedro, considerado curto pelos proprietários de cavalos.

Mas Henrique Pires lembra que Alto São Pedro não é espaço para corridas de velocidade, mas para provas de perícia e, por isso, consideram o posicionamento dos proprietários como “mera desculpa”.

"Alto São Pedro não é lugar para corridas de velocidade com prémios. A cavalhada é uma celebração simbólica, de habilidade e tradição, e não de competição", afirmou Henrique Pires, para quem "não há problema em correr com qualquer cavalo”.

Henrique Pires defende a revisão de regulamento da corrida de cavalos para prémios e todos os cavalos que participam da corrida devem participar na cavalhada como se fazia antigamente e sublinhou que não faz sentido que o cavalo vencedor da prova não apareça no local para a premiação.

Outro ponto de atrito é a ausência dos cavalos participantes nas corridas nas actividades religiosas como a missa e a procissão com a bandeira de São Filipe. 

Henrique Pires disse que a Casa das Bandeiras tem dois cavalos disponíveis para a cavalhada que espera que seja melhor do que a de 2024, mas ainda assim muito aquém de outros tempos em que todos os cavalos participam da cavalhada.

JR/ZS

Inforpress/Fim

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