Mindelo,08 Out (Inforpress)- A chefe de Delegação de Oportunidade de Parceria (POD), dos Estados Unidos da América, disse hoje no Mindelo que os empresários estão empolgados com todas as parcerias que possam surgir da visita a instituições em São Vicente.
Dorothy S. MCAuliffe falava à imprensa na Fazenda de Camarão, uma das instituições que a delegação visitou na ilha de São Vicente, com objectivo de aprimorar parcerias público-privadas.
“Fomos para várias organizações de pesquisa, instituições de pesquisa, agências de comércio e nós estamos muito empolgados com todas as parcerias que podem sair desta oportunidade. E os participantes estão a ter muitas conversas entre eles, e tem sido uma visita muito produtiva. Estamos à procura de parcerias, tanto com o Governo, como com o sector privado e com a academia”, frisou.
Segundo Dorothy S. MCAuliffe o melhor destes contactos está por vir com a assinatura de memorandos de entendimentos e de parcerias.
Concretamente sobre a Fazenda de Camarão, a chefe da delegação considerou que o projecto é um excelente exemplo de aquacultura e uma oportunidade de negócio excelente, tanto para a aquacultura sustentável e também para a criação de empregos.
“Mal posso esperar para ver esta Fazenda de Camarão atingir o seu potencial”, prognosticou a mesma fonte, afirmando que o projecto tem muitos desafios em termos de transporte, dos custos e das importações que devem ser feitas para a produção de camarão.
Mas explicou que poderão encontrar soluções com a partilha de conhecimentos e firmando parcerias e com investimentos e apostas em oportunidades, principalmente no sector da energia porque o projecto tem potencial.
Por sua vez, o presidente da empresa Greenfins, Peter Mottur, disse que a instituição que dirige está a desenvolver “soluções sustentáveis para empresas de aquacultura muito semelhantes à Fazenda de Camarão”, pelo que tem ideia de “partilhar essa tecnologia e os seus conhecimentos em Cabo Verde para desenvolver o sector da aquacultura no País”.
O promotor do projecto “Fazenda de Camarão” disse que há 10 anos está “numa luta terrível para provar a outras pessoas que o projecto pode servir Cabo Verde, mas também para mostrar aquilo que conseguem fazer e trazer rendimentos à população.
“Vocês podem perguntar se nós estamos satisfeitos. Não, nós não estamos satisfeitos. Estamos frustrados. Há 10 anos que a gente está a tentar mostrar à aos próprios governantes deste País que isto é viável”, declarou o promotor, reforçando que neste momento produzem um terço daquilo que é possível porque não conseguem chegar à Praia, capital do país, que é o maior mercado e que pode dar rendimentos ao projecto.
CD/JMV
Inforpress/Fim
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