Cidade da Praia, 24 Out (Inforpress) - O conto “Deus é bom”, de Damaris Enola Pinheiro Ricalo, de 13 anos, de São Vicente, é o grande vencedor da 1ª edição do concurso internacional de contos “Minha língua, minha história e o meu destino”.
Lemuel Paiva de Oliveira Muginga, do Instituto Medio de Luanda, Angola, é o segundo classificado com o conto “A missão dos guerreiros da Nzinga”, e em terceiro lugar ficou Marlene de Jesus Almeida, da Escola Café, Timor Leste, com a obra “A voz da terra”.
Os vencedores foram contemplados com um portátil para o primeiro classificado, um tablet para o segundo e um telemóvel digital para o terceiro.
Organizado pela associação Educar, este projecto contou com um financiamento de 2.500 euros do fundo do Instituto Internacional da Língua Portuguesa(IILP), no âmbito do Fundo de Apoio a Pequenos Projectos.
Segundo o presidente da associação Educar, Adalberto Furtado, uma das grandes razões da realização desse concurso é a de dar oportunidades aos jovens.
“(…) E a beleza é que as histórias vencedoras são muito inclusivas, têm essa preocupação efectiva de inclusão e mostra também o quanto há talentos escondidos que precisam ser potencializados", assinalou.
Disse ainda que os textos seleccionados serão compilados em uma antologia digital, que será disponibilizada gratuitamente para a sociedade.
“Os sete melhores contos, escolhidos durante o concurso serão destacados nesta colectânea, proporcionando uma plataforma para que esses talentos emergentes sejam reconhecidos e apreciados”, informou.
Por sua vez, o presidente do IILP, João Neves, afirmou que é uma “honra” fazer parte desse concurso, que tinha como objectivo promover a educação inclusiva entre crianças e jovens dos cinco países africanos de Língua Portuguesa (PALOP) e Timor-Leste.
“Neste momento, para mim, é de dupla satisfação. A primeira satisfação tem a ver com o facto de estarmos reunidos aqui para saudar jovens que ousaram escrever e, desta forma, desafiar aquilo que é a utilização da língua portuguesa”, precisou.
Esclareceu que a outra satisfação está relacionada ao facto de que o IILP apoiou 14 projectos em andamento em oito países.
“Significa que pela primeira vez o IILP tem projectos a decorrer que envolvem a sociedade civil, desde ONG, activistas comunitários, direcções escolares, universidades, uma enorme gama de parceiros que constituímos no âmbito deste fundo”, acrescentou.
O concurso foi lançado a 30 de Maio do corrente ano, e contou com a participação de 25 candidatos de quatro países nomeadamente, Cabo Verde, Angola, Timor-Leste e São Tomé e Príncipe.
HR/ZS
Inforpress/Fim
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