Cidade da Praia, 29 Fev (Inforpress) – O Governo afirmou hoje que a venda de 27,44% de acções do Estado na Caixa Económica representa uma nova era e é um “sinal inequívoco” de que Cabo Verde vive um bom momento de confiança das famílias e dos operadores económicos.
A afirmação foi feita pelo secretário de Estado das Finanças, Alcindo Mota, quando proferia o seu discurso na cerimónia especial de apuramento e divulgação dos resultados da Oferta Pública de Venda de 27,44% do capital social da CAIXA detido pelo Estado”, destinada aos investidores nacionais e estrangeiros.
O governante saudou os 929 novos accionistas do banco Caixa Económica, com a firme convicção de que serão os novos impulsionadores dos negócios deste importante banco.
“Temos sim razões para acreditar que a alienação das acções do Estado contribuirá para alargar os horizontes e o mercado, para aumentar o volume de negócios, acelerar a inovação e reforçar o papel da CAIXA no sistema financeiro cabo-verdiano, o seu contributo para o financiamento da economia e o seu compromisso para o desenvolvimento sustentável”, precisou.
Considerou neste sentido que esta foi assim a maior operação pública de venda em termos de maior encaixe financeiro para o oferente, na história da Bolsa de Valores Cabo Verde, quando se fala de ofertas públicas de vendas, maior participação em termos de subscritores, maior número de acções transaccionadas em Bolsa.
Alcindo Mota salientou que a agenda de privatização, alienações, parcerias, Parcerias Público-Privadas (PPP) e concessões, dará um forte contributo para dinamizar o mercado de capitais e para conferir maior relevância e projecção nacional e internacional à bolsa.
“Esta foi uma operação de grande alcance, os investidores são de 24 países do mundo, incluindo Cabo Verde, o que per si testemunha o nível de notoriedade, de interesse de Cabo Verde e de confiança na banca nacional, esta operação demonstra o nível de literacia financeira dos cabo-verdianos”, considerou.
Salientou que das 944 ordens, 912 ou seja 97% são de particulares, ou seja, de famílias, o que, a seu ver, evidencia que investir em acções de um banco como a Caixa Económica representa para as famílias uma boa alternativa de aplicação da poupança e que essa operação demonstra também Confiança dos Cabo-verdianos na banca nacional.
“Cerca de 42% das ordens foram emitidas e 58% das acções foram adquiridas através da Caixa Económica de Cabo Verde, ou seja, por clientes desse banco e este é um indicador inquestionável de confiança dos clientes no seu banco. Preferem não apenas ter poupança e realizar operações, mas também tornar-se donos desse importante banco”, reforçou.
De acordo com o secretário de Estado das Finanças, com esta operação está-se assim a criar novas oportunidades para o privado, a diáspora e a aumentar a credibilidade de Cabo Verde e das suas instituições.
“O Governo de Cabo Verde felicita a Unidade de Acompanhamento do Sector Empresarial do Estado (UASE) na pessoa do seu coordenador pela condução inteligente do processo, mas também a Auditoria Geral do Mercado de Valores Mobiliários (AGMVM) e a BVC (Bolsa de Valores de Cabo Verde) pela parceria inteligente e plena assunção das respectivas responsabilidades”, declarou.
A Caixa Económica passa de 173 para 1.102 accionistas após a venda dos 27,44% do capital social detido pelo Estado.
A quantidade de acções que o Estado conseguiu vender para a oferta pública foi de 368.369 acções, o que lhe permite levar para casa um encaixe de 1,5 mil milhões de escudos.
CM/ZS
Inforpress/Fim
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