Sal Rei, 22 Mar (Inforpress) – O Presidente da República, José Maria Neves, advogou hoje, na Boa Vista, a premência de uma nova fase de descentralização que passa por questões de o Governo transferir mais poder e recursos para todas as ilhas do país.
José Maria Neves fez esta abordagem quando terminava o programa “Presidência na ilha” da Boa Vista, onde lançou o repto no sentido de “ser essencial ter mais poder para resolver os problemas a nível local, bem como atendimento às reclamações dos cidadãos que estão longe do poder central”.
“É preciso para que haja um poder local com competência e recursos para resolver os problemas e daí a segunda questão, é que é preciso haver mais recursos”, disse, observando que, “a ilha da Boa Vista não pode ficar dez anos à espera da requalificação da orla marítima”.
O chefe de Estado referiu ainda que não há disponibilização de recursos pelo poder central, mas que não se pode atrasar obras importantes para a sua modernização”, defendendo que “se no passado as coisas aconteceram assim, 50 anos após independência há que se mudar outra perspectiva em relação ao poder local e regional.
No que tange ao sector económico, após visitar algumas importadoras e exportadoras, trouxe à tona a questão dos transportes marítimos para haver mais mobilidade de pessoas e bens, mas também os transportes aéreos para que haja mais mobilidade entre os turistas nas diferentes ilhas.
“Cabo Verde tem um potencial enorme que nós não estamos a aproveitar por causa da ineficiência que ainda temos a nível dos transportes aéreos e marítimos”, considerou, na perspectiva de que, “há que se acelerar o passo para transformar estes problemas em soluções”.
José Maria Neves notou ainda a necessidade de se elevar o nível do debate e de projectar o país de forma diferente para se poder encontrar as melhores soluções que nos permitam acelerar o passo.
Sobre as Casas Para Todos assinalou ser necessário continuar a desenvolver com outras políticas mais eficientes e mais eficazes a questão da habitação nas diferentes ilhas do país, e, no caso da Boa Vista, nas diferentes comunidades, onde as pessoas pedem que o programa habitacional de Casa para Todos não deveria ser somente na cidade.
“Começou-se aqui, mas é preciso atingir as outras comunidades através das políticas públicas consistentes”, pontuou, reiterando que, mais uma vez é preciso mais recursos, mais poderes aos municípios para desenvolverem a política habitacional.
VD/CP
Inforpress/Fim
Partilhar